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Irmão de Eduardo Campos procura atingidos por queda de aeronave
Moradores de Santos dizem ter havido promessa de indenização; ele nega
Em meio às investigações sobre o real dono do jatinho em que Eduardo Campos voava quando morreu, no último dia 13, o irmão do ex-governador de Pernambuco foi ao local da queda nesta quarta (27) para conversar com famílias que tiveram prejuízos com o acidente.
Segundo moradores de Santos (SP) afetados pelo desastre, Antonio Campos afirmou que a família do então candidato à Presidência pelo PSB quer ressarcir os danos.
"Ele veio fazer uma visita de solidariedade, para tranquilizar. Disse que ele a família querem ressarcir os danos", afirmou Benedito Câmara, 69, dono de uma academia destruída na queda.
Antonio, contudo, negou que tenha prometido indenizações. "Tem que ver a causa do acidente. Somos solidários na busca a quem de direito [seja responsável pelos pagamentos]", afirmou. Segundo Antonio, haverá um "esforço conjunto" para "minimizar a dor das vítimas em terra".
O dono da academia, por exemplo, não tem seguro.
"É como um meteoro que cai e ninguém é responsabilizado. Só que não é um meteoro, é um avião e ele tem que ter algum dono", disse a advogada Wanda Bittencourt, 49, que já se mudou três vezes desde o acidente.
A casa da advogada foi atingida pelo jato. "Ele [Antonio] disse que quer falar com todos. E que a viúva [Renata] do Campos sente muito. Eles estão todos dispostos a pagar, e entendi que também o partido", afirmou.
Diante das suspeitas de irregularidades na operação do avião, moradores passaram a cogitar a hipótese de acionar o PSB na Justiça em busca de indenizações.
Empresas-fantasmas foram usadas para pagar o jato, segundo mostrou o "Jornal Nacional". O avião foi vendido em maio pelo grupo AF Andrade, de Ribeirão Preto, a três empresários. O PSB diz que esses empresários emprestaram o jato à sigla.