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PT pede apuração sobre renda com palestras

Empresa de Marina faturou R$ 1,6 mi desde 2011, mas ela só declarou R$ 135 mil em bens

NATUZA NERY ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

O comitê da candidata Dilma Rousseff (PT) pedirá que o Ministério Público Eleitoral abra uma investigação para apurar eventual omissão da presidenciável do PSB, Marina Silva, sobre os ganhos que obteve com palestras proferidas a diversas instituições, entre elas bancos, empresas e seguradoras.

Conforme a Folha revelou no último domingo (31), a empresa de Marina faturou R$ 1,6 milhão desde que foi criada, em março de 2011, até junho deste ano. Nos últimos 39 meses, ela celebrou 65 contratos para participar de 72 apresentações remuneradas.

Segundo a campanha petista, o patrimônio declarado por Marina Silva ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não parece compatível com os seus rendimentos brutos, levando em conta o faturamento de sua companhia, da qual ela figura como única dona.

Isso porque a candidata declarou à justiça eleitoral um patrimônio de R$ 135 mil e listou, ainda, a empresa M.O.M. da S.V. de Lima com um capital social de R$ 5.000. Os rendimentos da empresa de Marina somaram, somente no ano passado, R$ 584,1 mil. Quando disputou a eleição presidencial em 2010, Marina estimava o valor de seus bens em R$ 149 mil.

A representação argumentará que a adversária de Dilma Rousseff declarou possuir apenas R$ 27.920,88 em sua conta-corrente, sem informar à Justiça Eleitoral a existência de uma poupança composta por recursos acumulados nos últimos anos.

O faturamento bruto da empresa de Marina lhe rende, em média, R$ 41 mil mensais. A ação será protocolada nesta quinta-feira (4).

No debate de segunda-feira promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan, Marina foi questionada sobre o sigilo de suas palestras. Na ocasião, respondeu que as cláusulas de confidencialidade eram impostas pelos contratantes, e não por ela, alegando não se opor à divulgação dos dados desde que as empresas assim o fizessem.

Na ação, porém, o PT cita uma outra reportagem da Folha, publicada em 3 de outubro de 2013, em que um de seus clientes afirmou que "a própria ex-senadora pediu para não ter seu cachê divulgado para a imprensa".

Para assessores da presidente, a omissão patrimonial de Marina faz parte de uma estratégia eleitoral, com objetivo de trair a fé pública durante a corrida presidencial.

A Folha procurou a assessoria de imprensa de Marina Silva por meio de ligação telefônica e mensagem de texto, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.


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