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Eleições 2014

Entidade questiona explicação de Marina para plágio em plano

Coordenação de movimento de direitos humanos nega ter sido procurada por campanha para debater propostas

Candidata afirmou que cópia de trechos do projeto de FHC estava em total sintonia com a pauta do movimento

DE SÃO PAULO

A coordenação do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) enviou carta para a Folha em que nega ter sido procurada ou consultada pela campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência sobre a "utilização de suas propostas" no programa de governo da candidata.

A reação da entidade contraria a versão da pessebista para justificar o plágio de quatro propostas anexadas ao seu plano que, na verdade, foram copiadas de projeto lançado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em maio de 2002.

A acusação de que Marina havia reproduzido integralmente trechos do Plano Nacional de Direitos Humanos de FHC foi feita pelo candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, na terça-feira (2).

A reportagem comparou os trechos indicados pelo tucano e comprovou a cópia.

Procurada, a campanha de Marina enviou nota na qual disse que as propostas da candidatura estavam em "absoluta sintonia com as reivindicações históricas do Movimento Nacional dos Direitos Humanos" e chamou de "maliciosas" as acusações.

"Os que incorrem na tentativa de manipulação eleitoreira desnudam-se em sua falta de vínculos com o movimento de direito humanos", argumentaram os pessebistas no texto. A entidade citada pela presidenciável, porém, não endossa a versão.

"O MNDH vem manifestar sua surpresa e discordância com a afirmação da candidata de que foram utilizadas em seu programa as propostas do movimento. Seus dirigentes jamais foram procurados ou tiveram quaisquer tratativas para a utilização das suas propostas", diz a carta da coordenação da entidade.

No texto, o MNDH ressalta que não mantém entendimento com "quaisquer" candidatura e alfineta Marina.

A direção da entidade diz que a apropriação de suas propostas é "de faculdade daquele que o faz". "No entanto, deve expor o conteúdo do conjunto das propostas que o movimento defende", ressalta.

Em seguida, o MNDH diz que sua pauta prima pelo "reconhecimento do direito de união estável de pessoas do mesmo sexo" e a "criminalização da homofobia", entre outros temas.

REPRODUÇÃO

A primeira versão do programa de governo de Marina defendia as duas causas. Mas, menos de 24 horas depois de sua divulgação oficial, a candidata recuou e disse que os organizadores do documento haviam errado, anexando propostas que não tinham consenso na campanha. A pessebista é evangélica.

O plágio do programa de FHC foi o primeiro dos diversos casos de colagens no programa de Marina que foram divulgados esta semana. Nesta sexta, a Folha mostrou que a candidata reproduziu no capítulo econômico trechos de discurso que fez em 2010, além de parágrafos de textos produzidos após uma conferência de tecnologia e desenvolvimento sustentável.

Procurada, a assessoria da campanha de Marina não havia respondido até a conclusão desta edição.


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