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Partido não terá prioridade para indicar cargos, diz Skaf

Candidato ao governo afirma ter alertado PMDB sobre separar política e gestão

Para peemedebista, aluno de escola privada que se formar na USP deve 'contrapartidas' à sociedade

ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO

Candidato ao governo paulista pelo PMDB, Paulo Skaf não tem experiência em cargos públicos --e usa isso para se dizer parte da "nova política". "A característica da velha política é a incoerência total", disse em entrevista na quinta (18), em seu comitê.

O candidato diz que, se eleito, não dará cargos a seu partido por indicação política, para "separar política e gestão".

Adversários o atacam por ter se aliado a figuras que seriam da "velha política", como o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) e os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD).

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Folha - Peemedebistas reclamam que a campanha do sr. é composta, em maioria, por pessoas ligadas à Fiesp. O que o sr. acha desse discurso?
Paulo Skaf - O dia a dia da campanha é uma correria. É possível que eu deixe de dar alguma atenção, até algum carinho, para companheiros. Você precisa pensar no todo.
Agora, sempre falei para o PMDB e para os partidos que é preciso separar política e gestão. Política é política, gestão é gestão. Na gestão, as pessoas bem preparadas têm que ocupar cargos.
Perguntado em quem vai votar para presidente, o sr. disse que votará em Michel Temer, vice de Dilma. O sr. foi orientado a usar essa resposta?
Não sou programado por outros, tenho minha própria personalidade e luto pelo que acredito, com energia. Não falo o que eu não acredito, não minto. Até marqueteiros têm problemas comigo.
No meu governo não vai ter cargos ocupados por indicação política. Questões de nomes, qualquer pessoa que tenha boas opções pode sugerir. Mas os cargos que eu vou nomear são pessoas que têm confiança, currículo de vida honesta e competência.

Alckmin fez uma propaganda que liga o sr. a Fleury, Kassab e Maluf. O sr. disse que Fleury não é coordenador da campanha. Qual é o cargo dele?
Ele coordena a coligação, papel de relacionamento político. A coordenação da minha campanha, desde o início falo, é feita por mim. Não tem um coordenador-geral. Esse é meu estilo, entende?

Em 2010, o sr. disse à Folha, sobre mensalidades na USP: "Não é possível ter estudo de graça para quem não precisa e ter falta de recursos para fazer uma reestruturação da educação". Mudou de posição?
Não mudei. O que eu falei, ainda penso: alguém que estudou em escola particular, se formou médico na USP com a oportunidade de estudar de graça, poderia dar algum retorno. O que custaria dar contrapartida --aí está escrito contrapartida, não está?

Não.
Mas, na época, o que eu discutia era isso. Por que um recém-formado não poderia fazer trabalho voluntário por um ano e devolver para a sociedade o que recebeu gratuitamente de escolas superiores? Era esta a discussão.

O sr. diz que fará um plano de dez anos para implantar educação em tempo integral em toda a rede estadual. Como pode garantir que, após um possível primeiro mandato, os outros seis anos de planejamento sejam cumpridos?
Em 2015, a gente começa as primeiras adaptações e reformas. A escola tem que estar limpa, ter área esportiva ou convênio com áreas esportivas próximas. A partir de 2016, a gente inicia a implantação. Até o último ano do mandato, 2018, pretendemos ter 480 mil alunos matriculados em tempo integral e sem aprovação automática.
Não vai ter como segurar. A partir de 2019, qualquer que seja o governador, vai entrar e pegar uma coisa mastigada, planejada, projetada. Ninguém mais volta atrás. É garantido que até 2024 isso aconteça.


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