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Marqueteiro do PT diz que vai processar Fernando Meirelles

Responsável pela propaganda de Dilma, João Santana foi comparado pelo cineasta ao ministro nazista Goebbels

Diretor diz que Santana está aconselhando a presidente a mentir; comitê de campanha da petista vê 'baixaria'

ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

O marqueteiro João Santana quer processar Fernando Meirelles após o cineasta declarar que o responsável pela propaganda da campanha Dilma Rousseff (PT) aconselha a presidente a mentir.

A declaração, publicada no blog do jornalista Morris Kachani, da Folha, na quarta (24), irritou o comitê petista, que acusou o cineasta de "baixaria'' nos bastidores.

Coordenadores do PT afirmam que Santana vai processar Meirelles por danos morais. Procurado, Santana não quis dar entrevista, mas confirmou o processo. A informação foi antecipada na quarta-feira pelo site da Folha.

Meirelles integra o grupo de personalidades da área cultural que apoiam a candidatura de Marina Silva (PSB), principal adversária de Dilma na corrida presidencial.

Segundo a última pesquisa Datafolha, a petista lidera a disputa, com 37%. Marina, em segundo lugar, tem 30%.

O cineasta mesclou o nome do marqueteiro de Dilma com o do ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels (1897-1945).

"Li uma frase que resume bem essa campanha do PT: Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade', a frase vinha assinada por João Goebbels Santana. Foi na mosca, é exatamente dali que vem a inspiração do marqueteiro-mor. Tanto Goebbels como nosso Santana acreditam que a força da repetição gera um fato", disse Meirelles.

Para auxiliares de Dilma, a frase sobre "Goebbels Santana'' ficou "fora dos limites".

Desde o início do mês, Marina tem sido alvo de críticas e acusações na propaganda de Dilma na TV. Entre outras coisas, a ex-senadora foi comparada com presidentes que não terminaram o mandato, acusada de ser aliada dos banqueiros e de desprezar a camada pré-sal do petróleo.

O PT alega que nunca fez ataque pessoal" à rival, mas programáticos e políticos.

A Folha procurou o cineasta, mas não obteve retorno até a conclusão desta edição.


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