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Mensalão - o julgamento

Punição de petistas 'dói muito', diz ministro

Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, evita falar sobre a perspectiva de condenação de Dirceu e Genoino

Ex-chefe da Casa Civil e ex-presidente do PT já foram condenados por três ministros do Supremo esta semana

Sérgio Lima/Folhapress
O ministro Gilberto Carvalho (à esq.) ao lado do presidente do Supremo, Ayres Britto, e da presidente Dilma Rousseff
O ministro Gilberto Carvalho (à esq.) ao lado do presidente do Supremo, Ayres Britto, e da presidente Dilma Rousseff

DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem sofrer com a perspectiva de condenação de companheiros do PT no julgamento do mensalão.

"A dor me impede de falar sobre essa questão", disse o ministro, ao ser perguntado sobre os três votos favoráveis, até aqui, à condenação de José Dirceu e José Genoino, durante a inauguração de uma exposição com telas do pintor italiano Caravaggio (1571-1610) no Palácio do Planalto.

Carvalho foi chefe de gabinete de Lula durante todos os oito anos de governo (2003-2010). Petista histórico, era próximo a Dirceu e Genoino.

Na inauguração da exposição ele ficou posicionado exatamente à direita do presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, que ainda não apresentou seu voto sobre as acusações contra Dirceu e Genoino.

"Aquela coisa do outro lado da rua dói muito", disse Carvalho, referindo-se ao julgamento do caso. O STF fica em frente ao Palácio do Planalto, do outro lado da praça dos Três Poderes.

O julgamento do mensalão está no terceiro mês e já foram condenados 22 dos 37 réus do processo, parte deles do núcleo político ligado ao PT e a partidos da base aliada do governo federal, como PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB.

O STF já definiu que o mensalão foi um esquema de desvio de dinheiro público para a compra de apoio político no início do governo Lula.

O relator do mensalão, Joaquim Barbosa, e os ministros Rosa Weber e Luiz Fux votaram pela condenação de Dirceu. Para eles, o ex-ministro da Casa Civil foi o responsável pela compra de parlamentares para garantir a apoio político no Congresso.

Genoino também já está com três votos destes mesmos ministros pela condenação por corrupção ativa.

O revisor do processo, Ricardo Lewandowski, votou para absolver os dois petistas. O julgamento será retomado na próxima semana com o voto dos outros integrantes do tribunal.

O deputado federal João Paulo Cunha, outro integrante do PT de São Paulo, já foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de recursos públicos por servidor). Ele era o candidato do partido à Prefeitura de Osasco neste ano e, com o resultado do julgamento, renunciou à candidatura.

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