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PSDB e PT se unem contra rival socialista

DA ENVIADA A RECIFE DE RECIFE

Faltavam dez minutos para o início do debate da TV Globo em Recife, tarde da noite de anteontem.

O candidato Humberto Costa (PT) sai do camarim e puxa o adversário do PSDB, Daniel Coelho, pelo braço. Os dois sussurram.

Meia hora após o início do debate, a movimentação na coxia revela o teor da conversa entre as esquipes dos dois candidatos.

"Ele precisa olhar para a câmera", diz o marqueteiro da campanha tucana, Lula Guimarães, a seu equivalente do PT. "Vou avisá-lo", responde o chefe da comunicação petista, André Vieira.

A partir dali, o que se seguiu foi uma cumplicidade entre as equipes inimigas, oposta ao Fla-Flu entre PT e PSDB Brasil afora.

Naquele momento, uma pesquisa Datafolha mostrava o tucano em segundo, com 26%, e Humberto Costa depois, com 16%.

A motivação da aliança: provocar o segundo turno contra Geraldo Julio (PSB), afilhado político do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que lidera com 41%.

"Sempre que tem uma mão muito pesada, como é a do governo ajudando Geraldo, os oprimidos se unem contra o abuso do opressor", justificou o marqueteiro tucano.

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