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'Deus seja louvado' fica nas cédulas, decide Justiça

Ministério Público quer retirada da expressão

DE SÃO PAULO

A Justiça negou o pedido do Ministério Público Federal de São Paulo para retirar a expressão "Deus seja louvado" das cédulas de real.

A decisão diz que a menção "não parece um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença".

A sentença, revelada pelo jornal "Valor Econômico", é da 7ª Vara da Justiça Federal. A decisão é provisória e pode ser revogada ou modificada.

No início de novembro, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública para pedir que as novas cédulas de real passassem a ser impressas sem a expressão.

O pedido, feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, afirma que a existência da frase nas notas fere os princípios do Estado laico e de liberdade religiosa.

O Banco Central defende que o tema deve ser debatido pelo Conselho Monetário Nacional. Os custos de divulgação de uma possível alteração nas cédulas podem chegar a R$ 12 milhões, estima o BC. Qualquer mudança deve ser informada à população para evitar fraudes.

O pedido de retirada da expressão causou polêmica.

Um dos críticos foi o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), responsável por incluir a frase nas cédulas, em 1986. Ele classificou a ação como "falta do que fazer" do Ministério Público.


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