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PF indicia Indio da Costa e outros 16 por Cruzeiro do Sul

Inquérito, iniciado em junho, aponta suspeitos de crimes contra o sistema financeiro

Advogado afirma que banqueiro terá agora chance de provar que os fatos são diferentes do que aponta a polícia

DE SÃO PAULO

A Polícia Federal concluiu o inquérito aberto para apurar as fraudes no Banco Cruzeiro do Sul, que foi liquidado pelo BC em setembro após ter apurado um rombo contábil de R$ 3,1 bilhões.

Ao todo, 17 pessoas foram indiciadas por crimes contra o sistema financeiro. Entre elas estão os ex-controladores do banco Luis Octavio Indio da Costa e Luis Felipe Indio da Costa.

O inquérito foi encaminhado pela Polícia Federal na quinta-feira para o Ministério Público Federal em São Paulo, que deverá fazer a denúncia do caso para a Justiça.

Também foram indiciados Horacio Martinho Lima e Maria Luisa Mendonça (membros do conselho de administração) e os diretores Fabio Meyer (Rio), Sergio Capela (Consignado), Marcelo Xandó (Verax), Roberto Valente (Informática), entre outros.

A PF indiciou ainda pessoas que fizeram operações suspeitas com ações do banco.

O inquérito foi instaurado em junho de 2012 após o Banco Central constatar fraudes contábeis e indícios de operações de crédito fictícias no Banco Cruzeiro do Sul.

Segundo a PF, ao longo da investigação, foram detectadas outras condutas criminosas em fundos de investimento, que deixaram como vítimas dezenas de investidores.

Ex-dono do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio foi preso por duas semanas. Luis Felipe, pai dele, foi mantido em prisão domiciliar em sua residência no Rio.

O banqueiro foi indiciado por crimes contra o sistema financeiro e crimes contra o mercado de capitais, além de lavagem de dinheiro. Por esses crimes, ele poderá pegar entre um e 12 anos de prisão, caso seja condenado.

Segundo Roberto Podval, advogado de Indio da Costa, o banqueiro terá mais chance de defesa quando o caso chegar à Justiça. "Agora em juízo, teremos condições de provar que os fatos são diferentes do que foi descrito no relatório policial", disse.

Os demais defensores não foram localizados até o fechamento desta edição.

Antes de liquidar o Cruzeiro do Sul, o Banco Central nomeou como interventor o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), com a missão de encontrar um comprador e de negociar com os credores.

O fundo chegou a propor um "perdão" de 49% para os credores, mas a operação não foi adiante pela falta de um comprador para o banco.

A venda do banco foi inviabilizada por uma série de questões legais e comerciais.

O negócio de crédito consignado já não atraia mais os grandes bancos, que podem fazer esses empréstimos com menor custo nas agências.

LIQUIDAÇÃO

Com a liquidação, o banco deixou de funcionar operacionalmente. As unidades foram fechadas, e a maioria dos funcionários, dispensada.

O trabalho em curso do liquidante é fazer um inventário de tudo o que pode ser vendido e convertido em dinheiro para pagar os credores. Os primeiros a receber são os funcionários.


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