Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Renan apresenta nota fiscal por serviço que empresa nega ter feito

Senador pediu restituição de R$ 10 mil, mas dono de produtora diz que só atuou em campanha

Justificativa para gasto de favorito à presidência do Senado é a divulgação de sua atividade parlamentar

Alan Marques - 11.dez.12/Folhapress
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em reunião de comissão da Casa no mês passado
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em reunião de comissão da Casa no mês passado
ANDREZA MATAIS DE BRASÍLIA ANDRÉIA SADI DO PAINEL, EM BRASÍLIA

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu uma restituição de R$ 10 mil ao Senado por um serviço que uma produtora de vídeo diz não ter prestado para ele.

A nota foi apresentada com a data de 17 de novembro de 2012 por Renan, que é favorito para ser eleito presidente do Senado no mês que vem.

A justificativa para esse gasto é a divulgação de sua atividade parlamentar. O Senado não discrimina qual serviço exatamente foi feito.

A nota entregue por Renan é atribuída à Ovni Áudio e Video Produções. Ela tem como sócios o diretor da rádio Gazeta de Alagoas, Gilberto Lima, e o filho dele, Gilberto Júnior. A emissora é do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Procurado para comentar que serviço prestou, Gilberto Lima afirmou: "Eu não fiz nada para o senador Renan Calheiros, por enquanto. Quando a gente fez foi na campanha, não foi agora".

Segundo ele, o serviço prestado na campanha não foi por meio da Ovni, mas pela P&P Inteligência de Marketing, que tem Gilberto Júnior como sócio. A empresa recebeu R$ 1,2 milhão da campanha do senador em 2010, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Após a campanha, em novembro de 2010, a P&P passou a receber dinheiro da verba indenizatória do Senado (cota dos parlamentares para gastos como consultoria, divulgação do mandato e aluguel de imóvel para escritório). Ao todo, até outubro de 2012, ganhou R$ 244,5 mil.

O senador negou que estivesse usando dinheiro público para pagar dívidas de sua campanha. Afirmou que se referia a consultoria.

Após a Folha questionar o gabinete do senador, no fim de 2012, sobre o contrato com a P&P, Renan não apresentou mais notas fiscais dela. No lugar, entrou a Ovni. O Senado ainda não divulgou os dados referentes a dezembro.

A Ovni não é conhecida entre políticos de Maceió. Os demais senadores e deputados federais do Estado não apresentaram nota dessa empresa, que não tem página na internet (só perfil no Facebook).

SUPLENTE

A coluna Painel informou ontem que o peemedebista também repassa dinheiro da verba indenizatória para o seu primeiro suplente, Fábio Lopes de Farias (PMDB-AL).

Nos últimos quatro anos, o senador repassou R$ 117 mil de sua verba de gabinete para Farias como pagamento de aluguel do imóvel de seu escritório político em Alagoas.

Em 2009, Renan defendeu o fim dessa verba -que tem cota mensal de R$ 15 mil. "O Senado não pode manter no seu dia a dia um tema que lhe causa dificuldades todos os dias. É preciso ter transparência. Acabar com ela."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página