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Ditadura ocultava torturas e mortes, afirma Fonteles

DE BRASÍLIA

A ditadura militar (1964-1985) "acobertou", por meio de diretrizes secretas, "ações de graves violações" dos direitos humanos, disse ontem o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles.

Ele divulgou ontem mais três textos de sua autoria sobre a ditadura militar. Em novembro, ele havia divulgado os primeiros 11 textos.

Agora Fonteles analisou o desaparecimento de Rubens Paiva, em 1971, o sequestro e desaparecimento de Edmur Péricles Camargo, no mesmo ano, e documentos que evidenciam uma política de ocultação de crimes cometidos pela ditadura.

Segundo os papéis, o governo determinou um plano de comunicação "no campo externo" que impedia a divulgação de informações a entidades de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional.

"Para manter a coesão de sua estrutura repressiva, acobertadas são as ações de graves violações contra a pessoa humana -torturas, desaparecimentos, assassinatos-, consumadas pelos agentes públicos do Estado ditatorial", disse Fonteles.

Como a Folha revelou, Edmur foi sequestrado em Buenos Aires com o apoio do Itamaraty e da FAB, que enviou um avião à Argentina. Fonteles associou o caso à Operação Condor.

Segundo ele, diplomatas de um centro de inteligência do Itamaraty articulavam-se em atuação estreita com os adidos militares.


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