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Legislativos do Rio estudam deixar os edifícios históricos

Câmara e Assembleia discutem projetos para construir novas sedes e converter palácios em centros culturais

Deputados estaduais e vereadores acham difícil trabalhar em prédios tombados, mas há oposição à mudança

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Deputados estaduais e vereadores do Rio iniciam o ano discutindo a construção de novas sedes de trabalho. A Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estudam sair dos palácios históricos onde funcionam.

O principal argumento de ambos os Poderes é a dificuldade em compatibilizar a modernização dos espaços onde trabalham com as leis de patrimônio histórico, que preservam a estrutura dos palácios. Ainda não há estimativas de custo para as obras.

As queixas de vereadores e deputados incluem infiltrações, elevadores escassos e antigos, pouco espaço nos gabinetes e dificuldades na infraestrutura. A instalação de fios para internet de banda larga, por exemplo, é um desafio entre as grossas e entupidas paredes dos palácios.

"Isto é um palácio. O trabalho legislativo requer muito tempo, espaço e movimentação de pessoas", disse o presidente da Assembleia, Paulo Melo (PMDB).

A proposta é transformar os palácios Tiradentes e Pedro Ernesto -sedes da Alerj e Câmara, respectivamente- em centros culturais. Os dois foram erguidos na década de 1920. O primeiro funcionou como sede da Câmara dos Deputados até a transferência da capital para Brasília.

A Alerj tem reservado para a construção da nova sede R$ 130 milhões, fruto de economias de orçamentos dos últimos dois anos. Não há estimativa de custos. No ano passado, Melo desistiu da desapropriação do antigo prédio da Bolsa do Rio após a Procuradoria-Geral do Estado avalia-lo em R$ 300 milhões.

Os deputados concordam com a decisão da mudança.

"Acho que o palácio deve virar um museu. Mas a nova sede não deve ser suntuosa", disse o deputado Marcelo Freixo (PSOL). Melo disse que a exigência para nova sede é ser um prédio verde.

A Câmara define no próximo dia 19 a mudança ou permanência na atual sede. A presidência da Casa contratou estudo sobre a estrutura do órgão e o projeto para restauração do palácio. A análise é de que há dificuldade para compatibilizar o trabalho dos vereadores com a manutenção do imóvel histórico.

A Casa tinha reservado por lei um terreno na área portuária, alvo de projeto de revitalização promovido pela Prefeitura do Rio, mas abriu mão há dois anos após resistência de vereadores da oposição.

Alguns vereadores rejeitam a mudança: "Todas as manifestações da história política foram na Cinelândia. Não podemos sair deste espaço", declarou a vereadora Teresa Bergher (PSDB).


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