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Grupo usou nome de filho de Renan para aplicar golpes

Pelo menos quatro senadores foram enganados pela quadrilha, que pediu depósitos bancários aos políticos

Em ligação telefônica, criminosos se passaram por filho de senador para pedir R$ 2.500 a congressista tucano

GABRIELA GUERREIRO ERICH DECAT DE BRASÍLIA

Integrantes de uma quadrilha usaram o nome do filho do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para aplicar golpes em deputados e senadores.

Dez parlamentares foram lesados pelo golpe de criminosos que, por telefone, se passavam por outros políticos para conseguir dinheiro.

O golpe atingiu pelo menos quatro senadores: Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Eduardo Amorim (PSC-CE) e Paulo Bauer (PSDB-SC).

Flexa e Bauer foram enganados por bandidos que se passaram pelo deputado Renan Filho (PMDB-AL), conhecido como Renanzinho.

Para Flexa, a quadrilha falou que o "filho" do agora presidente do Senado pediu R$ 2,5 mil como ajuda para um funeral de um familiar que teria morrido em Belém, onde estava o senador.

Os criminosos telefonaram diretamente para o seu celular. Acreditando ser Renanzinho, Ribeiro pediu a um assessor para depositar a quantia na conta repassada pela quadrilha. Dias depois, os criminosos voltaram a telefonar para o chefe de gabinete do senador pedindo mais dinheiro, mas ele desconfiou e acionou a Polícia do Senado.

"Percebi que era golpe, liguei de volta pedindo para ele buscar o dinheiro no gabinete mas, é claro, ninguém nunca apareceu para pegar", afirmou Gustavo Freitas, chefe de gabinete de Flexa.

Bauer disse que o golpe atingiu um de seus assessores. "Eu recebi em dezembro a ligação de uma pessoa se dizendo parente do Renan, que precisava de dinheiro para resolver uns problemas de passagens aéreas. Passei a ligação para o coordenador do meu escritório em Santa Catarina, que repassou o valor."

Segundo Bauer, o prejuízo foi de cerca de R$ 2.000. Após conversar com Renan e perceber que era golpe, o senador comunicou o ocorrido à Polícia do Senado -que deu início às investigações.

A quadrilha, integrada por quatro jovens de Alagoas e Sergipe, foi desmontada há 15 dias. Eles foram ouvidos e depois liberados. Se condenados por estelionato, podem pegar de 1 a 5 anos de prisão.

Amorim preferiu não se manifestar sobre o golpe. Para Ana Amélia, que foi vítima de um criminoso se passando pelo filho do senador Benedito de Lira (PP-AL), o prejuízo foi de R$ 1.650.

GOLPE ANTIGO

Em 2011, o atual líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), também foi alvo dos estelionatários. Na ocasião, depositou cerca de R$ 1.000 na conta dos golpistas após receber ligação com pedido de ajuda.

O deputado registrou queixa no Departamento de Polícia da Câmara, que identificou alguns membros da quadrilha que tinha como origem o Estado de Pernambuco.

O caso não integra o atual inquérito, mas deu subsídios às investigações.


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