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Justiça torna réu militar acusado por incêndio em base na Antártida
Justiça Militar em Brasília aceitou denúncia contra sargento
A primeira instância da Justiça Militar em Brasília aceitou a denúncia contra o militar acusado de ser o responsável pelo incêndio na estação brasileira na Antártida.
O incêndio ocorreu em 25 de fevereiro de 2012, e dois militares morreram. O fogo destruiu cerca de 70% da base brasileira na Antártida. O prejuízo estimado é de quase R$ 25 milhões. O sargento da Marinha responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e dano. O caso está sob sigilo.
Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, por volta das 23h30 de 24 de fevereiro, o sargento resolveu transferir o combustível que estava em tanques de armazenamento para dois tanques de serviço próximos aos geradores de energia elétrica.
Ele abriu as válvulas de entrada de combustível e ligou a bomba de transferência. Como a operação levaria 30 minutos para terminar, o primeiro-sargento foi à sala de estar da base, onde ocorria uma confraternização.
Ele teria voltado correndo, encontrando um incêndio já de grandes proporções.
Segundo o laudo, o militar não concluiu a transferência a tempo, os tanques de serviço transbordaram, e o óleo diesel entrou em contato com partes quentes do gerador que estava em funcionamento, provocando o incêndio.
A pedido do Ministério Público Militar, a Justiça arquivou o processo em relação a outros dois militares.