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PMDB faz convenção e tenta antecipar aliança com petistas em 2014

Partido tenta se mostrar unido em torno da reeleição da presidente e ganhar mais cargos

FERNANDO RODRIGUES ERICH DECAT DE BRASÍLIA

O PMDB faz hoje sua convenção nacional em Brasília para tentar reafirmar publicamente seu apoio à presidente Dilma Rousseff e à reeleição da petista em 2014.

A ideia é afastar um fantasma que rondou os peemedebistas nos últimos meses: a troca de Michel Temer como candidato a vice-presidente para acomodar Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB.

Campos tem sinalizado que pode se desgarrar da aliança formal de dez partidos que sustentou Dilma na eleição de 2010. Para mantê-lo dentro da coalizão, petistas capitaneados pelo ex-presidente Lula sondaram dar a vaga de Temer ao PSB.

Essa engenharia política não prosperou e hoje pode se tornar ainda mais distante. O PMDB deve reeleger Temer como seu presidente nacional. Em discurso, ele reforçará a união entre PT e PMDB, sinalizando a continuidade dessa associação em 2014.

A presidente Dilma Rousseff é esperada no evento peemedebista e também fará um discurso. É grande a expectativa entre organizadores da convenção para que ela use palavras que indiquem a solidez do binômio PT-PMDB.

Os petistas devem enviar ao evento seu presidente, Rui Falcão, que lerá uma carta de Lula, também apontando para a manutenção da coalizão.

Em troca da manifestação de solidariedade ao projeto reeleitoral do PT, o PMDB espera ser recompensado por Dilma nas mudanças que a presidente pretende realizar no seu ministério ao longo deste mês. "Nós temos cinco ministérios que não elegem nem um vereador" é a síntese entre peemedebistas descontentes com os cargos que a legenda tem no governo.

Não é certo que Dilma ceda e entregue mais cargos ao PMDB. Mas a movimentação da sigla deverá servir, pelo menos, para preservar o que já está concedido. Mesmo porque a aliança dilmista tende a ser ampliada, com a adesão de mais partidos, como o PSD de Gilberto Kassab.

Uma providência que o PMDB tomará na convenção de hoje é a alteração de seu estatuto para deixar mais explícita a possibilidade de Temer acumular o cargo de vice-presidente da República com o de presidente da sigla.

Nos últimos dois anos, Temer se licenciou e a função de presidente nacional do PMDB foi exercida pelo vice-presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO).

Os defensores da multipresidência para Temer acham que assim a legenda fica robustecida para negociar uma presença maior no governo.

Outro termômetro do evento de hoje é o número de partidos governistas que enviarão seus presidentes para prestigiar o PMDB. A maior dúvida é na direção do PSB. Em fevereiro, o presidente da sigla, Eduardo Campos, não foi à festa de 33 anos do PT.


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