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Estreia de pastor tem tumulto e bate-boca

Feliciano é recebido com acusações de 'estelionatário' e aplausos de evangélicos; bancada do PT se retira da sessão

Pastor pede 'desculpas' e 'voto de confiança'; comissão aprova seis requerimentos de menor importância

DE BRASÍLIA

A primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos presidida pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) foi marcada por protestos de movimentos sociais e de evangélicos e troca de ofensas entre os políticos.

O pastor leu carta em que pediu "humildes desculpas" e um "voto de confiança", aprovou requerimentos sem maior impacto e encerrou a reunião, que durou quase duas horas, por falta de quórum.

"Peço a todos que, se alguém se sentiu ofendido por alguma colocação minha, em qualquer época, peço as mais humildes desculpas", disse.

"Orientei minha assessoria a pautar assuntos que já vinham sendo matéria de debates nesta comissão, e que incluísse alguns temas que vejo como importantes para a defesa das minorias."

Acusado de ser homofóbico e racista, Feliciano tem sido pressionado por líderes de partidos e movimentos sociais a renunciar ao cargo.

Ontem, a Folha mostrou que o deputado emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem cumprir expediente em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia (SP).

Feliciano chegou meia hora atrasado. Foi recebido com aplausos de evangélicos e a-cusações de "estelionatário".

Deputados trocaram acusações de mau comportamento em plenário. Uma confusão entre Jair Bolsonaro (PP-RJ), Domingos Dutra (PT-MA) e Nilmário Miranda (PT-MG), em que cada um acusava o outro de tomar a palavra, teve de ser apartada por colegas.

Os deputados Dutra, Miranda e Érika Kokay (PT-DF) saíram da reunião sob o argumento de que não estavam sendo ouvidos. A petista se negou a chamar o pastor de presidente e pediu a anulação da sessão que o elegeu.

Na reunião, seis requerimentos, entre pedidos de audiência pública e envio de missões, foram aprovados.

Um requerimento que não estava previsto na pauta, do deputado João Campos (PSDB-GO), contestava falas consideradas homofóbicas do candidato à Presidência da Venezuela Nicolás Maduro.

A nota não foi aprovada por falta de quórum. "Graças a Deus conseguimos votar todos os itens que falam sobre o direito do povo, das crianças. Estou muito satisfeito", afirmou Feliciano.


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