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Dívida de Santas Casas chega a R$ 140 mi

Maior débito é o de hospital de Franca -R$ 68 milhões-, que chegou a suspender atendimentos feitos via SUS

Em São Carlos, hospital fez financiamento de R$ 8 milhões para pagar fornecedores e comprar insumos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Importantes núcleos de saúde na região, as Santas Casas de três cidades acumulam dívida de cerca de R$ 140 milhões, o que provocou restrição de atendimentos e a falta de remédios, entre outros problemas.

Alegando não ter recursos para sustentar a demanda de serviços, as Santas Casas de Franca, Barretos e São Carlos contraíram nos últimos anos débitos junto a instituições financeiras e fornecedores, além de dívidas de ações trabalhistas e impostos.

A maior dívida é a da Santa Casa de Franca, de R$ 68 milhões, seguida por Barretos (R$ 47 milhões) e São Carlos (R$ 25 milhões).

Em Franca, o hospital, que atende 22 cidades, chegou a paralisar serviços devido à falta de dinheiro. O deficit mensal é de R$ 2,5 milhões.

"O maior problema é a dívida com fornecedores, de R$ 8 milhões. Se não recebem, não fornecem mais", disse o diretor administrativo da fundação, Marcos Haber.

Segundo ele, o deficit da Santa Casa é pior que o de outros locais por atender basicamente pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) -93% do total. O hospital, agora, aguarda assinar gestão temporária tripartite para resolver o problema.

Segundo os hospitais, o maior problema é o deficit da tabela SUS. Para a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo), a defasagem da tabela de procedimentos gera um prejuízo de R$ 5 bilhões anuais às instituições.

"A tabela SUS cobre de 40% a 60% dos custos de execução dos serviços. Se um parto normal custa R$ 1.000, nós recebemos R$ 600", afirmou Gilberto Brina, superintendente da Santa Casa de São Carlos.

À Folha o Ministério da Saúde já informou que há teto para repasses e que Estados e prefeituras podem complementar para que procedimentos sejam feitos.

O hospital já passou por problemas com o fornecimento de medicamentos e, em setembro do ano passado, recorreu ao mercado financeiro para levantar aproximadamente R$ 8 milhões para pagar fornecedores e restabelecer os insumos.

Apesar de ter deficit mensal mais baixo que o de Franca -R$ 500 mil­-, a Santa Casa de Barretos tenta reduzir a dívida, que já foi maior.

"O deficit mensal é um grande problema, pois dificulta investimentos, contratações, ampliação de serviços e internação", informou, por meio de nota, a direção do hospital.

No dia 8 de abril, a Fehosp organiza uma paralisação conjunta das Santas Casas do Estado para reivindicar o reajuste de 100% na tabela para procedimentos de média e baixa complexidade -maioria dos serviços prestados.


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