Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Segurança de haras mata menino a tiros

Garoto de 12 anos havia invadido o local para nadar em lago e foi baleado na cabeça

ANA FLÁVIA OLIVEIRA DO “AGORA”

Gabriel Brito Mota, 12, foi morto com dois tiros na cabeça anteontem à tarde disparado por um segurança dentro de um haras de Campinas (a 93 km de São Paulo).

Outro jovem, Erique Ronaldo Quilzini, 18, foi atingido, nas costas e na perna e não corria risco de morrer.

Segundo a polícia, Jucelio Claudio Marinho, 29, disparou contra cinco adolescentes que nadavam em um lago do haras. Ele foi preso.

De acordo com Simone Correia, 26, tia de Gabriel, ele e outro garoto já estavam na lagoa quando os outros três colegas chegaram e foram abordados por Marinho.

"Ele mandou os garotos irem embora, senão iam se dar mal", contou. Os meninos argumentaram que os outros já estavam na lagoa. O segurança foi embora, voltou em uma motocicleta e atirou.

Segundo um dos meninos, ao ver o segurança armado, eles correram. "Pulamos o muro, mas ele [Gabriel] voltou para pegar a bicicleta."

A policia encontrou Marinho na casa em que morava, no haras. A arma do crime, uma espingarda, foi encontrada próxima a uma cocheira.

Marinho responderá por homicídio qualificado (motivo fútil). "Ele nos disse que teve uma discussão com os garotos, que jogaram pedras na direção dele", afirmou o sargento Nilson das Neves.

Nenhum responsável pelo horas foi localizado.

O Haras da Corte, próximo ao aeroporto de Viracopos, já recebeu badalados eventos de polo -fica perto do bairro Helvétia, em Indaiatuba, centro nacional do esporte.

Nos últimos anos, porém, estava sendo alugados para eventos, como festas rave.

O lugar era frequentemente invadido por garotos, que iam nadar no lago. No ano passado, um garoto de 12 anos morreu afogado ali.

Prestes a completar 13 anos -o aniversário seria no dia 4 de abril-, Gabriel gostava de nadar, empinar pipa, andar de bicicleta e jogar futebol. Torcedor apaixonado da Ponte Preta, era a companhia do padrasto Rogério Correia dos Santos, 32, nas idas ao estádio.

"Ele era um garoto peralta, mas obediente", disse.

Colaborou EDUARDO GERAQUE, de São Paulo


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página