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Ribeirão

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Dárcy quer renegociar dívida de R$ 59 mi

Débito com Daerp é discutido em meio a atraso de pagamento a aposentados e previsão de deficit de R$ 120 mi em 2014

Problema financeiro é mais um da série enfrentada pela Prefeitura de Ribeirão nos últimos meses

DE RIBEIRÃO PRETO

Depois de ter repassado R$ 11,1 milhões dos cofres do Daerp (departamento de água e esgoto) para o município, a prefeitura quer, agora, reparcelar uma dívida de R$ 59,5 milhões com a autarquia que gere o serviço em Ribeirão.

A negociação desperta a atenção por ser mais um problema em meio a uma série de dívidas que a prefeita Dárcy Vera (PSD) enfrenta na administração municipal.

Só nos últimos meses, a prefeitura foi alvo de manifestações por atraso no pagamento do transporte de cadeirantes e de aposentados, além de já prever um deficit de R$ 120 milhões para 2014.

O presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), convocou duas sessões extraordinárias para terça-feira com o objetivo de apreciar o projeto de Dárcy.

Para passar, a proposta precisa ser aprovada pela maioria: 12 dos 22 vereadores, em duas discussões.

O valor renegociado é referente a débitos não pagos de 1999 a 2004 (água e esgoto) e de 1º de junho a 23 de julho de 2010 (coleta e destinação de lixo, feita antes da criação da Coordenadoria de Limpeza).

De 1997 a 2004, a cidade foi governada pelo tucano Roberto Jábali (1997-2000), pelo petista Antonio Palocci Filho (2001-02) e pelo então petista Gilberto Maggioni (2002-04). Em 2010, Dárcy era prefeita.

Os dois acordos somam R$ 79 milhões e a prefeitura tem pagado parcelas de R$ 390 mil por mês. Mas, em razão da crise financeira, quer reduzir o valor para tentar reequilibrar as contas.

Um governista, que pediu anonimato, disse também que o reparcelamento atende exigências do governo federal para liberar verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinadas ao saneamento básico.

POLÊMICA

O pedido para reparcelar a dívida com o Daerp é uma medida polêmica porque no ano passado o órgão pagou ao município R$ 11,1 milhões por sete terrenos públicos, mesmo a prefeitura tendo uma dívida milionária com a autarquia.

O caso foi parar na Justiça depois que a bancada oposicionista da Câmara ingressou com uma ação para impedir a negociação.

Em Ribeirão, uma liminar suspendeu a transação. A prefeitura tentou, sem sucesso, barrar a decisão momentânea no TJ, mas não conseguiu. A ação aguarda julgamento de mérito na Justiça.

A bancada de oposição deve se reunir na próxima segunda-feira para discutir o projeto de reparcelamento.

Gláucia Berenice (PSDB) diz que o projeto é incoerente justamente por causa da negociação dos terrenos. "Por que não houve abatimento na dívida [da prefeitura com o órgão]?", questionou.

A Folha não conseguiu ouvir o líder do governo na Câmara, Capela Novas (PPS).


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