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São Carlos embarga prédio e culpa petista
Prefeito tucano afirma que imóvel de núcleo de atendimento não tem condições de uso
A Prefeitura de São Carlos afirma que uma vistoria constatou diversas irregularidades no novo prédio onde vai funcionar o NAI (Núcleo de Atendimento Integrado), na Vila Marina, local de assistência a jovens que cometeram algum ato infracional.
Segundo a secretária de Assistência Social, Wiviane Spaziani Tiberti, que fez a inspeção junto com o prefeito Paulo Altomani (PSDB), foram encontrados vários problemas no prédio --inaugurado em 22 de dezembro de 2012, na gestão anterior, do petista Oswaldo Barba.
O episódio é mais um na disputa entre o PT, que governou a cidade por 12 anos, e o PSDB, que chegou ao poder em São Carlos neste ano.
De acordo com a assessoria da prefeitura, o tucano diz que há problemas no acabamento e na infraestrutura, que apresenta infiltrações e vazamentos nas paredes.
Altomani ainda afirma que foram inseridas portas já usadas, que o piso não foi polido nem encerado e que as janelas não têm vedação.
"O prédio ainda nem foi usado e já apresenta esses problemas. Não tem segurança nem condições de uso", diz o prefeito, via assessoria.
A secretária informou que o prédio não está sendo usado e que o departamento de obras fará um levantamento das deficiências para traçar um diagnóstico e mostrar a necessidade de reformas.
Altomani também faz menção à ausência de muros de proteção. O prefeito diz que "os responsáveis serão cobrados, seja ex-prefeito, construtora ou engenheiro que fiscalizou e liberou a obra".
"Não podemos admitir mau uso do dinheiro público dessa forma", afirma Altomani, em nota. "Hoje não existe a menor possibilidade de esse prédio ser habitado."
As polêmicas entre PT e PSDB começaram em março, quando Altomani suspendeu as obras iniciadas pelo PT de melhorias viárias entre a praça Itália e a rotatória da Jesuíno Arruda. No mesmo mês, uma CPI foi aberta na Câmara para apurar o desaparecimento de 65 mil pãezinhos e de 7,5 t de carne da merenda.
Os alimentos, não localizados pela atual gestão, teriam sido comprados pela administração de Barba, mas em período de recesso escolar.
Antes, a Abimaq rescindiu convênio para implantar a Cidade da Energia, e a gestão Altomani apontou falhas no projeto de ciclofaixas.