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Maior parte da dívida do hospital Santa Lydia é com bancos
Instituição tem 24 meses para pagar dívida, conforme acordo com o Ministério Público
A maior parte da dívida do hospital Santa Lydia é relacionada a empréstimos bancários, cujo pagamento é feito por meio de descontos diretos nos repasses do SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo relatório entregue ao Ministério Público pela Fundação Santa Lydia, que administra o hospital, são ao menos R$ 5,4 milhões. O restante está ligado a pagamento para fornecedores.
Ontem, a fundação assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Promotoria se comprometendo a pagar as dívidas em 24 meses e a atender no mínimo 60% dos pacientes do SUS.
O TAC foi assinado após um inquérito civil aberto pela Promotoria, que apurava as denúncias de dívidas acumuladas pelo hospital e a terceirização de funcionários.
Segundo o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, apesar dos descontos diretos da verba do SUS, os repasses não prejudicaram os atendimentos na unidade. "Não foram registradas reclamações nesse sentido", disse.
Em nota, a fundação informou que irá cumprir o plano de ações para atingir as metas estabelecidas. Não foram fixadas penalidades em caso de descumprimento do acordo com a Promotoria.
O hospital Santa Lydia foi adquirido pela Prefeitura de Ribeirão em 2011. À época, o hospital já acumulava dívidas de cerca de R$ 5 milhões vindos da gestão privada.