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Santa Casa faz Barretos adiar inauguração de UPA
Segundo a prefeitura, o motivo é a recomendação da Promotoria de imediata intervenção no hospital
A Prefeitura de Barretos adiou, por tempo indeterminado, a inauguração da única UPA (unidade de pronto atendimento) da cidade.
O motivo, segundo o prefeito Guilherme Ávila (PSDB), é a recomendação do Ministério Público para imediata intervenção da administração na Santa Casa local.
Com dívidas que chegam a R$ 60 milhões, o hospital suspendeu há três meses o atendimento de urgência e emergência, e, há duas semanas, a ortopedia deixou de operar.
Além disso, os salários dos médicos e funcionários estão atrasados em até quatro meses e o deficit operacional mensal é de R$ 700 mil.
A prefeitura informou que já acionou o Ministério da Saúde para expor a situação. O temor do prefeito é ser responsabilizado pelo não funcionamento da UPA, onde já foram gastos R$ 2 milhões.
O secretário da Saúde, Alexander Stafy Franco, afirmou que os repasses mensais da prefeitura à Santa Casa, de R$ 1,7 milhão, e o custeio inicial da UPA, de R$ 700 milhões, gerariam um rombo de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
O decreto de intervenção municipal na Santa Casa deve ser apresentado hoje ao Ministério Público. A medida, segundo a Promotoria, valerá por, no mínimo, um ano. Depois será feita uma avaliação dos resultados.
O inquérito civil da Promotoria apurou que a Santa Casa não reúne condições de obter a CND (Certidão Negativa de Débito) junto ao poder público. Por isso, está impedida de receber novos repasses.
Neste ano, a prefeitura tem R$ 63,4 milhões para investir na saúde. A rede é composta por 11 unidades básicas de saúde, sete ambulatórios de especialistas, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além da Santa Casa.
O Ministério da Saúde não tinha se pronunciado sobre o caso até a conclusão desta edição.