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Ribeirão

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Santa Lydia precisa de ajuda para saldar dívidas, diz diretor

Em depoimento à Câmara, dirigente afirma que hospital de Ribeirão necessita de mais verbas para sair do vermelho

Instituição recebeu parecer de 'passivo inadmissível' do governo estadual antes de ser adquirido pela prefeitura

VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO

Adquirido há dois anos pelo governo Dárcy Vera (PSD) e anunciada por ela como uma solução para a saúde de Ribeirão Preto, o Santa Lydia precisa hoje de verbas de outras instituições para abater suas dívidas.

A direção do hospital cogita obter verbas de emendas parlamentares, dos governos estadual e federal, e aumentar os atendimentos a planos privados de saúde, que garantem maior remuneração.

A maior parte da dívida de cerca de R$ 10 milhões é com os bancos --quase R$ 6 milhões--, cujo pagamento é feito com descontos diretos do repasse do SUS (Sistema Único de Saúde).

Por causa disso, na semana passada, o hospital assinou um acordo com o Ministério Público comprometendo-se a pagar a dívida em 24 meses. Ontem, no entanto, o diretor da fundação que administra o Santa Lydia, Ariclenes Garcia da Silva, afirmou que o hospital é deficitário e que caso não consiga pagar a dívida, buscará apoio do poder público.

Fontes do setor da saúde ouvidas pela Folha afirmaram que, apesar de o hospital ter virado bandeira política de Dárcy, antes de ser adquirido pela prefeitura, a unidade foi oferecida ao setor privado, planos de saúde, e até para o governo do Estado.

Porém, análises da situação financeira do hospital impediram a viabilidade dos negócios. Um parecer do governo de SP apontou um "passivo inadministrável", disse uma dessas fontes à Folha.

Silva compareceu à Câmara após ser convidado a dar esclarecimentos na Comissão Permanente de Saúde.

O diretor afirmou que o hospital é deficitário porque a maior parte dos atendimentos (90%) é resultado de procedimentos pagos pelo SUS e pelo Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), que somam 40% da receita.

Em função disso, o Santa Lydia ameaça romper o convênio com o Iamspe por causa de uma diferença sobre a remuneração dos procedimentos atendimentos e pagos pela instituição.

Silva afirmou que a decisão ainda não foi tomada porque há um contrato e uma possibilidade de negociação.

Procurada, a prefeitura informou, por meio de sua assessoria, que a fundação está próxima de atingir o limite de sua capacidade e que, quando isso acontecer, terá equilíbrio financeiro.

'CAOS'

Silva não informou a despesa média mensal que gerou a dívida de R$ 10 milhões.

"Estamos buscando o equilíbrio das operações", disse.

Para o vereador Jorge Parada (PT), a entrada do Ministério Público no caso evidencia o caos no Santa Lydia. "A administração precisa pensar muito antes de socorrer esse hospital. Para não ser picado por cobra, precisa desconfiar até da salsicha."


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