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Catedral deixará de celebrar casamentos no ano que vem
Tradicional templo de Ribeirão vai passar por reforma estrutural em 2014
Matrimônios agendados para o período serão transferidos para a capela do colégio Marista da cidade
Com data marcada para passar por uma reforma, a Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto, fechará as portas no ano que vem para a realização de casamentos. Os matrimônios pré-agendados serão transferidos para outro local.
A tradicional arquidiocese celebra cerca de 15 matrimônios mensais, e a fila de espera é de até um ano.
O templo é considerado um dos mais procurados para a realização de cerimônias na cidade, ao lado das paróquias Santo Antônio de Pádua, nos Campos Elíseos, Nossa Senhora de Fátima, no Sumaré, e Nossa Senhora das Graças, no Parque dos Servidores.
De acordo com o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, em missa realizada no domingo, a reforma será necessária para reparar as rachaduras em paredes e cúpulas e na torre do relógio. A restauração das pinturas também faz parte do projeto.
Para evitar o cancelamento dos casamentos durante as obras, a solução foi transferi-los para a igreja do colégio Marista, próxima à catedral.
O vigário da catedral também quer a interdição da rua Florêncio de Abreu, em frente à igreja, por causa do alto fluxo de ônibus e caminhões que passam diariamente pelo trecho.
Segundo ele, a circulação dos veículos pode aumentar as rachaduras. O padre quer a construção de um calçadão para pedestres, unificando a praça da catedral, atrás do templo, à das Bandeiras, em frente à igreja.
REFORMA ESTRUTURAL
Em 2012, o padre encaminhou um laudo desenvolvido por engenheiros de uma empresa de consultoria de São Paulo ao Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), já que o prédio é tombado.
O parecer informava a necessidade de reparos estruturais no prédio.
No laudo também consta o pedido de um estudo para medir o nível de vibração causado no prédio com a movimentação dos veículos pela Florêncio de Abreu.
O prazo estimado para os dois trabalhos é de até 50 dias e não inclui o serviço da restauração citado pelo padre.
No ano passado, o pároco Moussa calculou a obra em R$ 1 milhão, com a revitalização da pintura interna.
Ontem, a Folha não conseguiu contato com o padre.