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Transerp não cumpre com fiscalização, diz presidente de CPI
Fiscais da empresa pública depuseram em sessão e relataram problemas na atuação
A Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) não cumpre com o papel de fiscalizar a concessão do serviço de transporte coletivo na cidade e precisa de uma reestruturação imediata.
A constatação foi feita ontem pelos vereadores Ricardo Silva (PDT) e Marcos Papa (PV), respectivamente presidente e relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o descumprimento do contrato.
Eles participaram da sessão que interrogou três dos cinco fiscais da Transerp, que confirmaram problemas como atraso e superlotação dos ônibus, e revelaram pontos falhos nas ações de fiscalização do serviço público.
Um dos exemplos é de que a fiscalização do serviço nas ruas é feita apenas por dois homens. Outros três se revezam na fiscalização interna, que usa o sistema de navegação dos ônibus, mas dois deles estão afastados do trabalho por motivos de saúde.
"No quesito principal, que é fiscalizar, a Transerp deixa a desejar", disse o presidente de CPI. "Hoje tive a convicção de que a Transerp precisa de uma reestruturação, porque as precariedades são muitas", afirmou o relator.
A sessão foi acompanhada pelo diretor de transportes da Transerp, José Mauro Araújo, que depôs na semana passada, e por funcionários da autarquia e da prefeitura. Uma das funcionárias gravou a sessão com uma câmera.
O próximo depoimento, na segunda-feira, será de um representante da Pró-Urbano, consórcio das empresas de ônibus que atuam no serviço.
