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Após ameaças, CPI tem acesso a processo contra Pró-Urbano
Governistas chegaram a sugerir falta de decoro por parte da oposição, que fez 'blitz' atrás de documentos
A Prefeitura de Ribeirão Preto entregou ontem aos membros da CPI do Transporte Público uma cópia do processo que pode resultar em multas ao consórcio Pró-Urbano por descumprimento do contrato com a prefeitura.
O documento foi entregue após vereadores que compõem a base da prefeita Dárcy Vera (PSD) terem barrado o acesso ao procedimento, via requerimento, numa das reuniões da CPI.
Diante da negativa, os vereadores Ricardo Silva (PDT), Marcos Papa (PV) e Bertinho Scandiuzzi (PSDB) foram na última sexta-feira, sem avisar, até a Secretaria da Administração encontrar o titular da pasta, Marco Antonio dos Santos, para terem acesso aos papéis do caso.
No Daerp (departamento de água e esgoto), onde o secretário é superintendente interino, Santos negou a entrega do documento e disse que era necessário um procedimento formal.
O encontro terminou em bate-boca. Os oposicionistas exigiam o documento, e Santos dizia que a "blitz" foi feita para chamar a atenção da imprensa e fazer com que os vereadores se promovessem politicamente com o ato.
O governista Walter Gomes (PR) reagiu à ação e afirmou que os vereadores da base estudariam "medidas legais" contra os oposicionistas.
'FALTA DE DECORO'
Também da base, Samuel Zanferdini (PMDB) chegou a dizer que poderia ser aberto um processo por quebra de decoro parlamentar.
A entrega da documentação ocorreu ontem porque vereadores da base e da oposição chegaram a um acordo.
O governista Genivaldo Gomes (PSD) ligou para o secretário da Administração, que se comprometeu a levar toda a documentação. Os papéis foram entregues à noite, durante a sessão ordinária.
A CPI foi criada para investigar o descumprimento do contrato de prestação de serviço de transporte público em Ribeirão Preto.
