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Ribeirão

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Cidades da região entram na rota de trens turísticos

São Carlos, Sertãozinho e Pontal desenvolvem roteiros com maria-fumaça

País tem atualmente 33 rotas de trens turísticas, das quais 15 circulam no Estado; SP tem outros dois projetos

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

As locomotivas que um dia foram símbolo do progresso no interior paulista deverão voltar à paisagem da região, mas agora dando ritmo ao turismo cultural.

Dois projetos, um em São Carlos, outro ligando Sertãozinho a Pontal, pretendem resgatar o passado ferroviário das cidades e criar linhas turísticas de passageiros.

A ideia é unir o apelo saudosista das viagens de trem à diversão de um passeio pelo interior do Estado, rico em informações históricas.

O Brasil possui 33 trens turísticos, 15 deles circulando por São Paulo. Há projetos para outras duas ferrovias turísticas no Estado, com as linhas São Roque-Mairinque e Araçatuba-Birigui.

As prefeituras de Sertãozinho, Pontal e São Carlos trabalham para finalizar os projetos buscar financiamento.

Como opções, há desde o patrocínio de empresas por meio da Lei Rouanet até o pedido de verbas ao Ministério do Turismo. A meta é pôr os trens para rodar até 2015.

Em São Carlos, a proposta é restaurar uma locomotiva a vapor do fim do século 19, hoje em exposição na estação ferroviária, e construir 1,7 quilômetro de ferrovia.

Ela partirá de uma propriedade rural às margens da rodovia Washington Luís e irá até a antiga estação do Pinhal, a três quilômetros da Casa do Pinhal, fazenda que abriga um memorial sobre a fase áurea do café no Estado.

A restauração da locomotiva e a implantação dos trilhos custariam R$ 6 milhões, segundo Geraldo Godoy, consultor da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que presta consultoria ao projeto.

Já a ferrovia que quer ligar Sertãozinho a Pontal irá encontrar 90% dos trilhos preservados. A conservação do trecho, sem uso desde a década de 1970, era uma contrapartida exigida pela FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que operava o trecho.

O desafio agora é achar uma maria-fumaça, apelido das locomotivas a vapor.

O diretor do departamento de cultura e turismo da Prefeitura de Sertãozinho, João André da Rocha, disse que há negociações para adquirir um exemplar do trem.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a FCA, segundo Rocha, cederam vagões e uma locomotiva a diesel. O restauro dos equipamentos custaria R$ 1,5 milhão.

Ele disse não ter estimado ainda os custos para a preparação da linha e das estações.

O consultor da ABPF defende as antigas marias-fumaças. "São um patrimônio histórico, que representa o início das ferrovias no mundo todo."


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