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Ribeirão

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Sem-teto invadem sete áreas em 2 meses

Manifestantes montam 30 barracos em três dias no Jardim Piratininga e projetam novas ocupações em Ribeirão

Prefeitura afirma que obteve a reintegração de 3 áreas e que locais devem ser liberados nos próximos dias

DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão Preto vive uma onda de invasões de áreas públicas há dois meses, que já atingiu sete terrenos e que deve ter sequência nas próximas semanas.

As invasões foram comandadas pelo MLNR (Movimento Livre Nova Ribeirão), principalmente na zona oeste do município, nos bairros Vila Virgínia, Parque Ribeirão, Jardim Piratininga e Jardim Maria da Graça.

A prefeitura informou que já foi à Justiça com pedido de reintegração de posse de todas as áreas ocupadas. Em três delas, o pedido já foi concedido, e a reintegração deve ocorrer nos próximos dias.

A administração afirma que o grupo tenta "burlar" o sistema atualmente existente no município para beneficiar famílias carentes (leia texto nesta página).

Coordenador do movimento, Marcelo Batista disse que as invasões são uma forma de protesto contra a política habitacional do município.

Cerca de 500 famílias estão ligadas ao grupo, a maioria inscritas em programas habitacionais, segundo ele.

A reivindicação das famílias é que o movimento tenha uma cota no sorteio de unidades habitacionais.

Atualmente, um decreto da administração municipal determina que todo empreendimento popular construído tenha dois tipos de destinação.

A regra afirma que 50% das unidades devem ser destinadas a demanda aberta --cadastrados na Cohab-- e, os outros 50%, a famílias em áreas de risco --seja ele social ou ambiental.

"Desde 2005 a gente não ocupava nenhuma área, porque até então a prefeitura mantinha um diálogo com a gente. Voltamos neste ano porque não somos ouvidos", afirmou Batista.

Faz cerca de um ano que as famílias ligadas ao movimento sem-teto não são contempladas com moradias populares, de acordo com ele. O movimento planeja um protesto em frente à prefeitura na segunda-feira.

INVASÃO

Nos últimos três dias, aproximadamente 30 barracos foram levantados num terreno da rua Comandante Armando Marim, no Jardim Piratininga, a mais recente invasão do grupo. A previsão é que 70 famílias se instalem no local.

Além dos sete terrenos públicos invadidos nos últimos dois meses, o grupo está desde o final de março também em uma área particular no bairro Heitor Rigon. A primeira invasão do ano teve até mesmo uma "lista de espera" de cerca de cem famílias.

Entre os invasores estão pessoas de Ribeirão Preto, mas há também grupos de migrantes nordestinos.


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