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Ribeirão

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Classes média e alta alavancam corridas de rua em Ribeirão

Aumento foi de 425% em quatro anos, de acordo com levantamento; academias criam treinos específicos

Ribeirão é a segunda maior praça de circuito nacional de corrida; os alvos são saúde, corpo modelado e bem-estar

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O ribeirão-pretano está correndo mais. Literalmente. E a "bola da vez" são as corridas de rua. Em quatro anos, o número de circuitos realizados em Ribeirão Preto passou de quatro, em 2009, para 21, neste ano.

Embora considerada democrática e prática --basta ter tênis, short e camiseta--, a corrida é praticada mais por pessoas das classes média e alta em Ribeirão, segundo profissionais da área.

Seja por questões de saúde, para modelar o corpo ou pela sensação de bem-estar, os números evidenciam o que já é notório: aos finais de tarde, parques e praças --principalmente na zona sul da cidade--são tomados por grupos diversos de corredores.

José Antônio da Silva, gestor do circuito Track & Field Run Series, um dos principais do país, afirma que Ribeirão Preto é a segunda maior praça do evento no Brasil.

Ele diz ter percebido o interesse pela corrida de rua na cidade já no primeiro ano do circuito em Ribeirão (2008).

"Todas as mil inscrições foram esgotadas. Em 2009, aumentamos mais 500 e também esgotou."

Desde então, são duas etapas na cidade. A maior parte dos corredores, 60%, é de homens. Mas a participação de mulheres cresceu: no início, os homens eram 70%.

"A corrida me deixa leve, alegre", diz a enfermeira Daniela Carvalho, 35, que participa de um grupo de corrida da academia Espaço Fit.

Além de alcançar o resultado físico esperado, o esporte, de acordo com ela, lhe proporciona a formação de uma rede de contatos, profissionais ou não.

Na região, também há um aumento de corridas. Neste ano, foram realizadas 24 provas em diversos municípios, de acordo com dados de assessorias esportivas consultadas pela Folha.

NICHO

A Iguana Sports, empresa especializada em eventos esportivos, realizou uma pesquisa e traçou o perfil do corredor brasileiro: homem, frequentador de academia, que corre à noite. Em janeiro, outra pesquisa vai divulgar o perfil da mulher corredora.

De olho no crescimento de corredores de rua, as academias passaram a se adaptar para oferecer treinamentos específicos e multidisciplinares para os corredores. Isso porque eles estão percebendo que, embora considerado prático, o esporte exige mais do que calçar um tênis.

A Clínica Corpore adotou aulas específicas para quem quer correr. Os alunos passam por avaliações para identificar, inclusive, o tipo de tênis apropriado para cada um na prática do esporte.

Guilherme Sposito, fisioterapeuta especializado em ortopedia e traumatologia esportiva, afirma que, com o crescimento de corredores, percebeu também um aumento no total de pacientes com lesões em decorrência da corrida sem orientação.

"Embora a maior parte dos corredores seja homem, as mulheres são as que mais sofrem lesões", diz.

"Tive que aliar o tratamento de fisioterapia à corrida após sofrer uma lesão no joelho por causa da falta de força muscular", afirma a estudante Manuela Paiva, 27.


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