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Preço do couro preocupa setor calçadista

Alta no último ano foi de 30%; causa está nas exportações, que cresceram 23,7% de janeiro a novembro, diz entidade

Fabricantes de calçados de Franca são obrigados a absorver custos e optar por usar couro sintético ou ecológico

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

O aumento da demanda por couro no exterior encareceu em até 30% o preço do produto no mercado interno e virou motivo de preocupação para os empresários calçadistas de Franca.

De janeiro a novembro, as exportações cresceram 23,7% --para 450,3 mil toneladas-- na comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento cresceu 20%, para US$ 2,2 bilhões.

Só em novembro, os curtumes brasileiros exportaram 2,9 milhões de unidades de couro, 13,4% a mais em relação a novembro do ano anterior. O faturamento cresceu 22,5% no período, um total de U$ 215,3 milhões.

Para contornar a situação, os fabricantes de calçados de Franca têm absorvido os custos maiores ou optado pelo couro sintético ou ecológico. Um dos sinais é que as vendas de couro para o mercado interno têm caído.

De acordo com o presidente da CICB (Centro das Indústrias de Curtume do Brasil), José Fernando Bello, em 2012 foram vendidas 13 mil unidades de couro. Para esse ano, a estimativa é fechar as vendas com apenas 9 milhões de unidades de couro.

Segundo José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca (Sindicato das Indústrias de Calçado de Franca), o aumento do preço do couro para o mercado interno reduz o faturamento das empresas, mesmo a exportação de calçados crescendo.

De janeiro a setembro deste ano, as indústrias calçadistas de Franca registraram aumento de 11,8% nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado. Já o faturamento cresceu apenas 3,2% no mesmo período.

"A cada dia o Brasil exporta mais couro. Com isso, nós, produtores nacionais de calçados, temos de segurar os preços para continuar vendendo no exterior e enfrentando a concorrência mundial", disse Couto.

Bello afirmou que o aumento das exportações de couro está diretamente relacionado ao início da recuperação econômica dos países europeus e dos Estados Unidos. "Em 2009, com o estouro da crise, nossas exportações caíram. Como temos um mercado pulverizado conseguimos recuperar rápido."


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