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Ribeirão

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Geração de empregos é a pior desde 2008

Total de novas vagas criadas em 2013 nas cidades mais populosas tem queda de 16% em relação ao ano anterior

Especialistas afirmam que desaceleração na criação de empregos é reflexo da queda da atividade econômica

DE RIBEIRÃO PRETO

As quatro maiores cidades da região de Ribeirão Preto tiveram no ano passado o pior desempenho na criação de empregos com carteira assinada desde 2008. É o que apontam dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Juntas, Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara criaram no ano passado 14.528 postos de trabalho formais.

O saldo --a diferença entre as contratações e as demissões no ano-- é inferior somente às 12.599 novas vagas geradas nas quatro localidades em 2008, quando eclodiu a crise global.

O desempenho da região, porém, foi melhor se comparado aos números de todo o país. No ano passado, o Brasil criou 1,1 milhão de vagas. É o pior resultado desde 2003.

O levantamento mostra ainda que o acumulado do saldo de empregos em 2013 foi 16% inferior ao dos 12 meses do ano anterior --que registrou 17.341 novas vagas, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregos).

Para o gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Ribeirão Preto, Eduardo Molina, o resultado do Caged desconstrói a ideia de que o país estava fora da crise econômica mundial.

Em 2010, por exemplo, os quatro municípios geraram 26.584 novos empregos.

Guilherme Feitosa, diretor da entidade, afirmou que os números são o reflexo do que vem acontecendo com a economia brasileira nos últimos três anos. Porém, disse que os dados só não são piores porque setores como o da construção civil continuam aquecidos, gerando novos postos de trabalho.

"Ver que criamos metade dos empregos gerados em 2010, mostra que há algo de errado", afirmou.

Segundo Feitosa, o governo federal precisa rever as taxas de juros para a indústria. "Se fossem reduzidas, teríamos condições de ficar mais competitivos, gerando cada vez mais postos de trabalho."

INVESTIMENTOS

Professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, Rudinei Toneto Junior disse que a queda da atividade econômica do Brasil refletiu na geração de empregos na região.

Para retomar o crescimento, ele disse que o governo brasileiro precisa voltar a fazer investimentos, puxando também o setor privado.

"É preciso investir em rodovia, geração de energia elétrica e em portos. Sem essa infraestrutura a indústria vai sofrer com gargalos e ficará impedida de crescer. Além disso, o governo precisa também dialogar mais com as empresas", afirmou.


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