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Sindicância apura maus-tratos a alunos

Denúncia em São Carlos acusa professores do ensino básico de colocar crianças de castigo por mais de três horas

A acusação foi feita por um ex-funcionário comissionado da prefeitura em vídeo publicado na internet

DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de São Carlos abriu uma sindicância para apurar denúncia de maus-tratos a alunos da escola municipal Maria Ermantina Carvalho Tarpani, no Jardim Zavaglia. O caso foi levado ao Ministério Público por mães de estudantes na sexta-feira.

A Corregedoria Municipal abriu no mesmo dia o procedimento investigativo, que deve ser concluído em um prazo de 30 dias.

O secretário da Educação da cidade, Carlos Alberto Andreucci, disse não acreditar na veracidade da denúncia, mas também vai investigar o caso.

Um vídeo na internet mostra alunos sentados no corredor da escola de castigo.

A postagem foi feita por Leandro Amaral, ex-funcionário comissionado da prefeitura, que afirmou ter sido demitido pelo prefeito Paulo Altomani (PSDB) por telefone após apresentar o caso. O prefeito não comentou.

As imagens, feitas com um telefone celular no ano passado, só foram divulgadas na semana passada.

Segundo o denunciante, as crianças eram obrigadas pelos professores a passar três horas sem água, comida e comunicação por desobediências, como não fazer a tarefa.

O Conselho Tutelar informou que deve encaminhar ofício hoje ao Ministério Público pedindo investigação.

"Ficamos sabendo do caso pelas redes sociais. Reunimos o colegiado e decidimos redigir o ofício", disse a conselheira Teruko Kawasaki.

Elaine Cristina Prediger, que levou a denúncia à Promotoria, é mãe de um aluno de seis anos que aparece no vídeo chorando por ter sido punido. Ele teria ficado de castigo por três horas e meia.

"Não sabia até assistir ao vídeo. Ele [o filho] não me falou nada por medo, mas pude notar que o comportamento dele ficou diferente. Ele chegou revoltado em casa."

Valdirene Pinheiro, 36, disse que seu filho também relatou ter ficado de castigo por muitas horas. "Algumas vezes passei por lá e o vi sentado do lado de fora, mas não sabia que era punição."

A escola funciona provisoriamente no Centro de Educação da Juventude Lauriberto José Reys. De acordo com a Secretaria da Educação, o espaço conta com cinco salas para o ensino básico e atende cerca de 150 crianças.


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