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Em vez de cortar, Dárcy eleva gasto com pessoal

Prefeitura fechou 2013 com 52,77% da receita para pagar funcionários

Em setembro, decreto do governo Dárcy Vera (PSD) exigiu redução de despesas de secretarias e órgãos municipais

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Ao contrário do que previa o decreto de corte de gastos publicado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) em setembro, Ribeirão Preto elevou os custos com pagamentos de funcionários em 2013 e alcançou nível próximo do limite estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O relatório da gestão fiscal de 2013 publicado na edição de ontem do "Diário Oficial" indica que a prefeitura usou 52,77% da receita para o pagamento de pessoal.

Apesar de o limite máximo ser de 54%, a gestão Dárcy já estourou, desde abril, o chamado limite prudencial (51,3%), segundo o TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Acima disso, a lei proíbe a contratação de servidores ou a criação de cargos, até que o índice seja reduzido.

Desde o estouro, o índice só cresce. Em agosto, atingiu 51,94%. Como comparação, o município fechou 2012 gastando 46,34% da receita com a folha de pagamento.

A proibição legal abriu crises políticas na saúde e na educação. A prefeitura suspendeu a redução da jornada de trabalho para cinco categorias da saúde, prevista para ser de 30 horas semanais a partir deste sábado.

A medida levou ao anúncio de uma greve, convocada para segunda-feira.

Na educação, a tentativa de renovar os contratos de 356 professores emergenciais --que custam menos que os concursados-- provocou protestos na Câmara que impediram a realização das sessões nas quais estava prevista a votação da medida.

Na semana passada, a prefeitura convocou 71 professores aprovados em concurso público e outros 298 emergenciais que haviam feito um processo seletivo em 2009.

A Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto) afirma que as contratações não solucionam o deficit de professores na rede municipal.

Ontem, o vice-prefeito, Marinho Sampaio (PMDB), disse que o aumento era esperado devido a contratações na saúde e educação feitas em 2013 e ao impacto em dezembro de obrigações patronais, como 13º salário e férias.

Marinho disse que a prefeitura fará cortes para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. "Vai ter cortes. Pode ter certeza disso."

Em setembro, o decreto de Dárcy determinava que cada secretaria e órgão municipal deveria economizar 20% dos gastos com pessoal com cortes ou contingenciamento em funções gratificadas e cargos comissionados (contratados por indicação). A meta era economizar R$ 12 milhões.

Ontem, em nota, a prefeitura disse que as medidas devem surtir efeito no primeiro quadrimestre deste ano.


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