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Queda de helicóptero deixa dois mortos em distrito de Ribeirão
Aeronave cai em milharal e explode; causas serão investigadas
Duas pessoas morreram ontem após a queda de um helicóptero particular em um milharal na área urbana do distrito de Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto.
Os motivos da queda são investigados por técnicos do 4º Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), de acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira).
Com o impacto do helicóptero prefixo PP-SSP com o solo, ele explodiu e os dois ocupantes --o piloto Lauro Gustavo Coffani e seu amigo Luciano Cavalheiro-- morreram carbonizados.
O helicóptero havia decolado de um heliponto no bairro Ribeirânia, em Ribeirão Preto, de acordo com a Polícia Civil. O modelo da aeronave, Robinson R-22, é utilizado para instruções de voo, segundo a FAB.
O Seripa irá levantar informações sobre o percurso feito pelo helicóptero e as comunicações de rádio realizadas por Coffani.
A previsão é que um relatório sobre o acidente fique pronto em até 30 dias.
Segundo os bombeiros, parte do corpo do piloto estava para fora do helicóptero, de bruços, quando foi encontrado. Já o corpo de Cavalheiro foi encontrado na poltrona da aeronave.
RELATOS
De acordo com o agricultor Leo Pereira, 51, proprietário da área em que o helicóptero caiu no distrito de Ribeirão, ele foi avisado por telefone de que o milharal estava pegando fogo e se surpreendeu quando chegou ao local e encontrou a aeronave.
Já o empresário Tadeu Moura, 34, que mora no condomínio em frente ao local em que o helicóptero caiu, afirmou ter ouvido o barulho da queda. "Logo em seguida veio a explosão, foi muito forte", disse.
O mercadólogo Ricardo Guggisberg, que teve aulas de instrução de voo com Coffani, esteve no local do acidente. Abalado, ele afirmou que o piloto era experiente.
"Não é possível dizer o que pode ter acontecido, [Coffani] sempre foi um excelente piloto, um dos melhores que já conheci", afirmou.
Familiares das vítimas também estiveram no local, mas, abalados, não quiseram falar sobre o acidente.
O piloto era casado e a sua mulher está grávida. Já Cavalheiro, solteiro, há dois meses deixou uma grande empresa do ramo de educação, na qual atuou por dez anos e ocupava o cargo de gerente de processos.
Os corpos das vítimas foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) e, até as 20h de ontem, não haviam sido liberados.
