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Digitalização de papéis preocupa associação
Objetivo é evitar deterioração de documentos com o manuseio, mas temor é pela garantia do acesso via internet
Já em Araraquara, serão investidos R$ 60 mil para conservar acervo histórico, com verba do governo federal
A Prefeitura de Ribeirão Preto firmou uma parceria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca para iniciar a digitalização dos documentos do Arquivo Público e Histórico.
Apesar de a digitalização ser considerada positiva para as pesquisas acadêmicas, a Associação Amigos do Acervo disse estar preocupada com a instalação de computadores para o acesso digital.
A digitalização está prevista para começar nos próximos meses, mas ainda não há previsão de quando os documentos poderão ser acessados pela internet.
O acesso inicialmente poderá ser feito apenas a partir do próprio Arquivo Público.
"O manuseio deteriora muito os documentos, por isso a digitalização é importante, mas eles precisam garantir o acesso", afirmou o presidente da associação, Rafael Alves Galamba.
De acordo com levantamento feito pela associação, aproximadamente 40% dos documentos não estão disponíveis ao público por não terem condições de manuseio.
O secretário da Cultura de Ribeirão Preto, Alessandro Maraca, afirmou que a pasta prevê a compra de três computadores para o Arquivo.
O número é considerado insuficiente diante das 300 pessoas que em média procuram o local para pesquisas todos os meses.
O secretário não informou o prazo para a disponibilização dos equipamentos.
A preocupação com documentos históricos, no entanto, não existe somente para pesquisadores de Ribeirão.
Em Araraquara, a prefeitura irá investir R$ 60 mil para a conservação e recuperação do Arquivo Público e Histórico do município.
A verba, do governo federal, faz parte de um aporte de R$ 1,3 milhão destinado pelo Ministério do Turismo para a recuperação de prédios históricos do município e a instalação do Museu a Céu Aberto no Bulevar dos Oitis.
De acordo com a administração, a verba destinada ao arquivo será utilizada para a elaboração de um inventário do patrimônio existente e das suas condições.
DANIFICADOS
Posteriormente, haverá o restauro dos arquivos danificados ou que estejam em mau estado de conservação.
A prefeitura informou que também irá utilizar a verba para a realização de oficinas de restauro e conservação, com treinamento e capacitação para os servidores, além de um trabalho de educação patrimonial na cidade.
No final do mês de fevereiro, a Prefeitura de Araraquara reabriu o Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria, que ficou fechado por dez meses para reformas. O local recebeu R$ 330 mil de investimentos. (ISABELA PALHARES)