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Uniformes 'abandonados' geram polêmica

Prefeitura de São Carlos, comandada pelo PSDB, afirma ter encontrado 2.800 peças 'descartadas' por petistas

Gestões do PT negam que tenham deixado as roupas em prédios públicos; vereador quer abrir CPI na Câmara

MARIANA BRUNO DE RIBEIRÃO PRETO

O aparecimento misterioso de ao menos 2.800 peças de uniformes encontradas nesta semana em São Carlos desencadeou mais um briga política entre a atual administração, do PSDB, e das gestões anteriores, do PT.

Na última segunda, a atual administração encontrou ao menos 800 uniformes escolares da rede municipal de ensino no antigo prédio do Sesi.

O material "descartado" estava no chão. Algumas unidades ainda estavam em sacolas, aparentando nunca terem sido usadas.

Ontem, mais 2.000 peças foram achadas no almoxarifado. Todas novas.

A "briga" envolve a prefeitura e o vereador da oposição, Roselei Françoso (PT), que durante a gestão do então prefeito, Newton Lima --hoje deputado federal pelo PT-- ocupou o cargo de diretor administrativo e financeiro da Secretaria da Educação.

De acordo com a prefeitura, a responsabilidade é das administrações anteriores.

O vereador disse que, assim que ficou sabendo do caso, pediu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de São Carlos para apurar possíveis irregularidades.

Na avaliação do petista, a responsabilidade são dos atuais gestores. Ele disse que chegou a essa conclusão analisando os saldos de estoques de 2012 e 2013, obtidos através de requerimentos.

Segundo o secretário da Educação de São Carlos, Carlos Alberto Andreucci, o material é ultrapassado e resultado da sobra de outras gestões --que inclui o governo de Oswaldo Barba, do PT.

"Tenho em mãos uma declaração do responsável pelo almoxarifado, onde tudo é explicado. Ele afirmou que seguiu, na época, orientação de Roselei [Françoso] para deixar no local [Sesi] todos os materiais, porque eles seriam removidos para outro lugar, o que não foi feito", disse o secretário à Folha.

Sobre as 2.000 peças encontradas no almoxarifado, o secretário disse não saber o que ocorreu.

Para Françoso, o suposto "descarte" foi uma forma que atual administração encontrou para incriminá-lo. Ele disse ainda que tudo "não passa de uma armação."

A assessoria dos ex-prefeitos Newton Lima e Oswaldo Barba informou que eles não se manifestariam a respeito do caso, já que o vereador, do mesmo partido, já havia prestado todos os esclarecimentos sobre o aparecimento dos uniformes na cidade.


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