Folha de S.Paulo

Sob qualquer ameaça, ônibus serão recolhidos

Os motoristas do transporte coletivo de Ribeirão Preto decidiram recolher os ônibus sempre que se sentirem ameaçados ou a cada nova tentativa de ataque ou depredação aos veículos.

A medida é uma orientação do Seturp (sindicato da categoria), após a onda de ataques iniciada no sábado (31), na zona oeste.

Por mês, são realizadas 4,8 milhões de viagens de passageiros. A frota de ônibus é de 345 unidades.

Desde sábado, ao menos sete veículos já foram queimados, entre eles um ônibus do transporte coletivo e um caminhão do Daerp (departamento de água e esgoto municipal).

"A gente pede para recolher para garagem. A polícia tem trabalhado, mas o efetivo ainda é pouco e os motoristas ficam aflitos", disse Alcides Lopes de Souza Filho, vice-presidente do Seturp.

Na segunda (2), a PM anunciou reforço de 300 policiais na segurança durante o período da Copa.

Já a orientação do consórcio Pró-Urbano, responsável pelo transporte na cidade, é que em casos de ameaça ou tentativa de ataques, os motoristas devem avisar os fiscais e aguardar autorização da Transerp (empresa fiscalizadora do serviço).

Nesta segunda e terça-feira (3), três ônibus foram apedrejados e fiscais do consórcio ameaçados de morte no bairro Branca Sales, na zona oeste.