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Ribeirão

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Com estiagem, total de focos de incêndio cresce 36% na região

Instituto alerta para agravamento da situação por causa da continuidade da falta de chuvas nas cidades

Municípios não têm condições de combater focos de incêndios em áreas e pedem auxílio do Estado e da União

HEITOR MAZZOCO DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de chuvas elevou em 36% o número de focos de incêndio neste ano na região de Ribeirão Preto, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), atualizados nesta segunda-feira (16), medem focos de incêndio a partir de 30 metros de comprimento por meio metro de largura.

A situação é considerada grave porque os municípios não dispõem de equipes de combate a incêndios.

Morro Agudo lidera o número de focos na região, com 16 pontos de queimadas, seguido por Barretos, com 15, e Guaíra, com dez.

Segundo o secretário do Meio Ambiente de Guaíra, Alaor Borges Pinheiro Neto, a prefeitura precisou pedir emprestado um caminhão-pipa de uma usina para conseguir apagar uma queimada na semana passada.

"Aqui o departamento é precário. Eu acredito que órgãos estaduais ou federais precisam nos auxiliar. É difícil controlar as queimadas na região", disse.

Em Morro Agudo, a situação não é diferente. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Jorge Luiz Guarnieri, o município tem o auxílio da Polícia Ambiental para identificar áreas com riscos de incêndio.

"De nossa parte, temos feito educação ambiental, orientação nas escolas. Somos limitados e sem muitos recursos", disse Guarnieri.

Com o predominante clima seco, dados do Inpe apontam que a região tem "risco alto" para novos casos de queimadas, porque a precipitação acumulada de chuva é zero.

De acordo com dados da Somar Meteorologia, não há previsão de chuva para a região pelo menos para os próximos dez dias.

Segundo Paulo Finotti, químico e vice-presidente do Comitê da Bacia do Pardo, as queimadas são prejudiciais ao ambiente porque liberam gases tóxicos, principalmente dióxido de carbono, que contribui para o aumento do efeito estufa.

"Você não sabe o que tem dentro de um terreno baldio. Pode ter uma lata de tinta usada. As toxinas são poluentes e prejudiciais ao organismo", disse.

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado afirmou que a operação "Corta Fogo" é feita em todo o Estado para "proteger as áreas de cobertura vegetal contra incêndios, proteger os recursos naturais, desenvolver alternativas seguras ao uso do fogo, quando legalmente autorizado".


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