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Tombada, praça do centro tem lixo e má conservação
Praça das Bandeiras faz parte do projeto arquitetônico da Catedral Metropolitana
Maços de cigarro, copos descartáveis e até caixas de papelão se acumulam nos jardins da praça das Bandeiras, no centro de Ribeirão Preto.
No final de junho, o local foi tombado como patrimônio histórico de São Paulo pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado) juntamente com a Catedral Metropolitana de São Sebastião.
Além do lixo que compromete a preservação do local, as grades de ferro que cercam os jardins da praça estão tortas e enferrujadas.
Os arcos que formam as grades estão dobrados. Segundo os frequentadores, vândalos dobram as grades para que haja superfície para eles se sentarem.
A Prefeitura de Ribeirão Preto informou em nota que a grande circulação de pessoas no local, aliada "aos costumes inadequados da população", são as causas do acumulo e dos danos na praça.
Ao mesmo tempo, os frequentadores reclamam da falta de manutenção e do lixo acumulado no local.
"Há tempos eu não vinha aqui. Quando cheguei, fiquei chocada com o que vi. Achei um relaxo. Antigamente este lugar era uma praça tão bonita", afirmou a aposentada Nadir Araújo, 73.
"É muito descuidada e tem muita coisa quebrada aqui", disse a estudante de Serra Azul Jéssika Barbieri, 20.
A praça foi inclusa no processo de tombamento da Catedral Metropolitana de São Sebastião porque é considerada uma espécie de antessala do prédio da igreja.
O conjunto tombado começou a ser construído em 1904, quando foi instalada a pedra fundamental do projeto.
Treze anos depois, a catedral foi inaugurada.
O projeto arquitetônico do local é de Carlos Eckman, responsável pela sede da faculdade de arquitetura da USP da capital, bem que também é tombado pelo Condephaat.
Qualquer alteração na praça ou na igreja -- como, por exemplo, a instalação e modificação dos pontos ou terminais de ônibus-- precisa ter o aval do Condephaat antes de ser executada.
