Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Menino de três anos 'foge' de creche

Criança andou dois quarteirões até sua casa; família foi à Justiça contra a Prefeitura de Barretos (SP)

Município nega negligência e diz que o garoto saiu da creche porque o pai deixou o portão aberto

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A mãe de uma criança de três anos foi à Justiça contra a Prefeitura de Barretos (SP) na quinta-feira (14) alegando que o menino abriu o portão da creche municipal que frequentava e "fugiu".

Segundo a encarregada Juliana Fernanda do Nascimento, 25, a professora percebeu a ausência do menino apenas duas horas depois. O caso ocorreu no dia 8. Ela registrou ocorrência na polícia e acionou o Conselho Tutelar.

A prefeitura confirma a "fuga", mas nega negligência.

Segundo Juliana, o garoto foi deixado pelo pai, por volta de 9h20, na creche Abdala Mehde Rezeck. Cerca de uma hora depois, uma vizinha da família lhe telefonou e avisou que a criança estava chorando, em frente à porta do conjunto de prédios onde moram, a dois quarteirões da creche.

Ela ligou para o marido, que deixou o trabalho e foi até o apartamento.

Juliana diz que o menino estava assustado e com um pequeno corte na boca. Somente após 40 minutos da chegada do pai, conforme ela, a professora lhe telefonou.

"Ela me disse que meu filho havia aberto o portão da escola e fugido, e que ninguém sabia onde ele estava."

Segundo a mãe, a professora pediu desculpas e disse que só notou a ausência da criança algum tempo depois.

Juliana afirma que foi à escola avisar que o filho estava em casa e que, a todo momento, a professora lhe pedia que não chamasse o Conselho Tutelar nem a polícia.

"Moro num bairro que tem ponto de tráfico e as ruas são movimentadas. Graças a Deus meu filho veio para casa. Poderia ter acontecido algo grave com ele", afirmou.Ela tirou o menino da creche.

Foi o terceiro caso de suposta negligência neste mês em escolas municipais, diz o conselheiro Anderson de Jesus.

Em nota, a prefeitura disse que a professora notou a falta da criança cerca de dez minutos depois, e não duas horas. Ainda disse que o garoto saiu da creche porque o pai deixou o portão aberto e, nesse momento, a professora atendia outra criança.

O governo abriu procedimento para apurar o caso e negou que tenha havido outros dois casos neste mês.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página