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Justiça decreta prisão de monitora de creche
Funcionária de unidade de Porto Ferreira foi filmada agredindo crianças de até 2 anos
A Justiça de Porto Ferreira decretou a prisão temporária da monitora escolar que foi filmada agredindo crianças de até dois anos de idade em uma creche municipal.
O vídeo foi gravado por meio de uma microcâmera, instalada na mochila de uma aluna pela mãe dela, Jucelaine Rodrigues, 33, na tarde de terça-feira (3).
De acordo com o delegado Miguel Capobianco, a funcionária pública não foi encontrada pela polícia e é considerada foragida da Justiça. A prisão temporária é válida por 30 dias.
A mulher pode responder por maus-tratos, com pena de até um ano de prisão, e tortura --até oito anos.
O delegado afirmou que a equipe de investigadores tenta localizar a monitora desde a tarde desta quarta-feira (3) para prestar esclarecimentos.
"Ela não está na casa dela e em nenhum outro lugar que acreditávamos ser possível."
Capobianco disse que ouviu o depoimento de seis pais e mães de alunos, que relataram um comportamento diferente dos filhos.
Alguns deles apresentaram sinais de possíveis agressões pelo corpo.
"Graças a Deus foi decretada a prisão da agressora da minha filha", disse Jucelaine, que afirmou ter desconfiado do comportamento da menina nas últimas semanas.
O superintendente comercial Maurício Pissinatti, 31, pai de um aluno de um ano e quatro meses que aparece no vídeo sendo agredido, disse que a decisão da prisão foi "justa e rápida".
A monitora também responde processo administrativo na prefeitura e pode ser demitida do cargo.
A Folha tentou falar com a monitora por telefone na tarde desta quinta-feira (4), mas ninguém atendeu.
Nesta quinta, a prefeita Renata Braga (PSDB) afirmou que estuda a instalação de um sistema de câmeras de monitoramento nas creches do município para evitar que outras agressões aconteçam.