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Ribeirão

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Dívida sobe e prefeitura estuda mais cortes

Saúde e Educação, apesar de já terem atrasos de repasses, podem ter novas reduções para reequilibrar contas

Administração diz que crise se deve à redução de repasses estaduais e federais, em função da economia brasileira

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Em crise financeira e com o volume de pagamentos atrasados cada vez maior, a Prefeitura de Ribeirão Preto estuda cortar recursos de secretarias para reequilibrar as contas municipais.

Em nota, a prefeitura afirma ter R$ 40 milhões de contas atrasadas apenas do primeiro semestre deste ano. O valor é 21% maior do que as dívidas que tinha em maio, quando estava com R$ 33 milhões de contas em atraso.

Francisco Nalini, secretário da Fazenda, disse que a prefeitura analisa duas alternativas. Uma delas é cortar recursos da secretarias da Saúde e da Educação, que juntas consomem 50% do Orçamento municipal ou da folha de pagamentos.

A outra, segundo ele, é reduzir 5% dos orçamentos de secretarias menores, como as de Meio Ambiente e Turismo.

De acordo com Nalini, a segunda opção não deve ter um impacto "muito grande" nas contas do município.

Enquanto as pastas da Saúde e Educação têm orçamento previsto de R$ 426 milhões e R$ 459 milhões, respectivamente, as de Meio Ambiente e Turismo têm uma previsão de receber R$ 7,9 milhões e R$ 1,1 milhão.

"Estamos nos debruçando sobre as contas para encontrar uma solução. Nosso Orçamento, desde o início, já estava muito apertado", afirmou o secretário.

"Nossa situação foi agravada após a Copa do Mundo, quando os repasses ficaram menores", disse.

No entanto alguns cortes e atrasos já são sentidos na Saúde e na Educação. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais, nas farmácias das unidades de saúde são comuns a falta de alguns medicamentos.

Além disso, a prefeitura atrasou o pagamento do convênio com 26 creches, que atendem 4.000 crianças.

De acordo com a Unep (União das Entidades Sociais Particulares), que representa as creches conveniadas, o repasse do mês de agosto, de R$ 700 mil, não foi feito. O de setembro, que deveria ser pago nesta sexta-feira (5), também não foi efetuado.

"Os professores só não estão com salários atrasados porque as creches têm outras fontes de recurso. Mas não podemos garantir o pagamento por mais tempo sem o repasse", disse Maurício Gumiero, presidente da Unep.

O repasse para o Centro Cultural Campos Elíseos atrasou três meses. A prefeitura pagou os valores nesta semana, após os professores paralisarem as atividades.

A prefeitura também atrasou o pagamento à Orquestra Sinfônica de Ribeirão que, apesar de ter outras fontes de recurso, não conseguiu pagar salários dos músicos, que suspenderam apresentações.

De acordo com Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato dos Servidores, os salários dos funcionários ainda não tiveram atrasos. Mas a entidade teme possível demora no pagamento do 13º salário.


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