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Ribeirão

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Novo olhar para a história

A Ribeirão do início do século 20, com cassinos, café e triângulo amoroso, será tema de série para a TV

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A história de Ribeirão Preto será pano de fundo de uma série de TV que irá narrar um triângulo amoroso surgido durante a decadência do cultivo de café na região.

A série "Eldorado", nome fictício do cassino Antarctica --símbolo da riqueza da cidade no auge cafeeiro, entre o fim do século 19 e as primeiras duas décadas do século passado--, deve começar a ser gravada no próximo ano.

"Eldorado" irá contar a história de um imigrante italiano que veio ao Brasil trabalhar para um coronel, dono de uma fazenda de café.

Os dois se apaixonam por uma bailarina francesa que se apresenta no cassino.

"A série não trata de nenhum personagem histórico específico, mas retrata pessoas e comportamentos comuns desse período", afirmou Edgar de Castro, um dos idealizadores do roteiro.

"A história é semelhante à de muitas famílias da região."

No entanto, segundo Castro, o "personagem" principal será a ascensão do cultivo da cana, no começo do século 20, que tomará o espaço e a importância do café.

É no cassino Eldorado que a história se desenrolará, conforme Castro.

"Era o local onde as pessoas se divertiam, mas também para ostentar e mostrar poder e riqueza. Por isso, era onde se desenvolviam as principais relações sociais."

Em estágio de pré-produção, a série será realizada pela Gullane --produtora responsável por filmes como "Carandiru, "Bicho de Sete Cabeças" e "Meu País".

Para a primeira temporada, que terá 13 episódios, a produtora calcula um custo de R$ 13 milhões. A intenção é vender para transmissão em algum canal de TV aberta.

A série também retratará o francês François Cassoulet, famoso em Ribeirão por promover festas na cidade e ter aberto o cassino Eldorado --havia o verdadeiro Eldorado à época, menos imponente que o Antarctica.

"Cassoulet tem todas as características de um personagem cativante. Era extravagante, divertido e foi responsável por introduzir a cultura francesa em Ribeirão Preto."

SÍMBOLOS DE RIQUEZA

André Ristum, diretor do filme "Meu País" (2011), comandará a série.

Segundo ele, a região foi escolhida como cenário e até mesmo como personagem por ainda preservar símbolos da riqueza do período.

"A região tem muitas fazendas que podem ser usadas nas gravações, além de prédios históricos como o do Theatro Pedro 2º e o da cervejaria Pinguim", disse Ristum.

De acordo com Viviane Mendonça, produtora, algumas empresas italianas com negócios no Brasil e usinas de açúcar e etanol já demonstraram interesse em patrocinar a série, por meio de repasses via Lei Rouanet.

O projeto será cadastrado no Ministério da Cultura para que possa receber repasses federais e incentivos.

"Como estamos com uma produtora experiente e reconhecida, dinheiro não vai faltar. Só temos que estruturá-la, porque será uma produção grande", disse Viviane.

Não é a primeira vez que Ribeirão é escolhida para ser o cenário de produções do século 19. Em 1996, a cidade e suas fazendas foram usadas para a gravação da novela "O Rei do Gado" (Globo).

As fazendas foram cenário para uma das dezenas de propriedades do personagem de Antonio Fagundes.


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