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Ribeirão

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Desmanches viram alvo de ação policial

Com nova legislação e crescimento no total de furtos e roubos de veículos, fiscalização é intensificada na região

Negócios irregulares são o principal destino de veículos furtados ou roubados em cidades da região de Ribeirão

THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

Em menos de três meses, desde que entrou em vigor a lei que regulamenta desmanches, operações envolvendo a polícia e outros órgãos públicos fecharam 21 de 28 estabelecimentos fiscalizados em municípios da região de Ribeirão Preto.

Além da nova legislação, o crescimento no total de furtos e roubos de veículos nas cidades mais populosas da região motivou ações do tipo em desmanches e lojas de autopeças na região.

"Temos um alto índice de furtos e roubos de veículos, talvez o maior do Estado. Estamos combatendo a receptação", afirmou o diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), João Osinski Junior.

Os desmanches e autopeças lacrados nas operações não são fechados somente pela receptação de peças originadas de furto e roubo.

Problemas com alvará de funcionamento e documentação têm um grande número de ocorrências.

Em Araraquara, na semana passada, oito empresas foram lacradas por irregularidades de alvará ou posse de peças ilícitas.

Já em Ribeirão Preto, dois estabelecimentos na avenida Brasil, na zona norte, foram lacrados, também na última semana --um deles por ter peças de origem ilícita e o outro, por falta de alvará.

As operações foram ampliadas a partir de junho, com participação das Polícias Civil e Militar, além de órgãos de fiscalização municipais, período que coincide com o crescimento nos furtos e roubos de veículos.

Nos quatro mais populosos municípios da região --Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara--, o número de crimes envolvendo veículos até julho é superior ao do mesmo período em 2013.

Só em roubos, o crescimento foi de 55%, maior que a taxa de crescimento registrada no Estado, de 9,2%.

Osinski Junior afirmou que a lei dos desmanches ampliou a capacidade de controle de receptadores. "Agora temos um instrumento da lei que nos permite fiscalizar."

Segundo o delegado, nas 93 cidades do Deinter-3 são feitas em média três ações conjuntas entre a Polícia Civil e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) em desmanches por dia.

Empresas irregulares são o principal destino de ladrões de veículos na região.

MAIS RENDA

De acordo com o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Eduardo Rodrigues Martinez, a venda de peças separadas amplia o lucro do produto roubado.

O crime, se flagrado pela polícia, é inafiançável, conforme o delegado.

Para trabalhar no setor, o comerciante precisa estar cadastrado no Detran e na Secretaria da Fazenda, comprovar a procedência de todas as peças e possuir alvará.


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