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Padrasto e mãe são condenados por morte de criança
Menina de um ano foi espancada em Ribeirão há 4 anos; padrasto recebeu condenação de 83 anos de prisão
A mãe e o padrasto da menina Kamilly Vitória Pereira, de 1 ano e 9 meses, foram condenados pela morte da criança, que aconteceu em 2010, em Ribeirão Preto.
Para a Justiça, houve homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável.
O padrasto, acusado também de tortura e abuso sexual, foi condenado a 83 anos e 10 meses de prisão. Já a mãe, acusada ainda de omissão, foi condenada a 64 anos e seis meses. A decisão foi tomada por um júri popular.
Segundo a Promotoria, a menina foi espancada por André Marçal, 24, na casa onde moravam, no Ipiranga.
Laudo do Instituto Médico Legal apontou que havia 35 mordidas no corpo dela, além de outros ferimentos.
O laudo apontou também que ela sofreu abuso sexual. A menina morreu após sofrer duas paradas cardíacas.
No júri, Marçal confirmou as agressões e negou o abuso sexual, segundo seu advogado, Luiz Carlos Joaquim.
De acordo com ele, as agressões foram medidas corretivas para educá-la a pedido da mãe de Kamilly, Jacqueline Pereira, 25.
A mãe negou. Disse que ela e a filha eram vítimas de violência. Para a Promotoria, houve omissão --ela nunca denunciou Marçal.
Os dois condenados saíram algemados do fórum, após 13 horas de julgamento, na noite de terça (30), e foram presos preventivamente.
Desde a morte da filha, Jacqueline respondia ao processo em liberdade. Os advogados recorreram da decisão do júri popular.