Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Comércio aposta no transporte público

Associações até defendem fim de vagas na zona azul, desde que haja incentivo aos estacionamentos particulares

Para empresários, se mais pessoas usarem ônibus, melhor será a fluidez do trânsito nas regiões centrais

DE RIBEIRÃO PRETO

Para dirigentes de entidades que representam o comércio nas cidades mais populosas da região de Ribeirão Preto, o investimento em transporte público é a melhor alternativa para desafogar o trânsito nas vias do centro.

Mas, para que isso ocorra, as vagas de zona sul (rotativas) devem ser suprimidas para dar lugar a corredores e faixas exclusivas para ônibus, como pode acontecer em Ribeirão Preto a partir do mês de novembro.

Para os diretores, essa mudança é louvável desde que haja outras medidas que tenham o objetivo de reduzir o impacto negativo no comércio. Uma delas seria o poder público incentivar a criação de estacionamentos particulares que absorvam as vagas eliminadas da zona azul.

O presidente da associação comercial de São Carlos, Alfredo Maffei Neto, afirmou que a melhoria no transporte público é necessária, mas que o ideal seria viabilizar bolsões de estacionamento num raio de 500 metros do quadrilátero central.

"Os motoristas parariam nesses locais e haveria transporte gratuito circulando pelo centro o tempo inteiro", disse Maffei Neto.

A frota hoje em Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara é de 1,02 milhão de veículos. No total, são 4.484 vagas de zona azul.

Em Ribeirão, que não amplia as vagas há dois anos, a criação de corredores preferenciais deve reduzir ainda mais o número atual de estacionamentos rotativos.

O presidente da Acirp (associação comercial e industrial), Antônio Carlos Maçonetto, disse que a melhoria do transporte público e a criação de estacionamentos particulares fazem parte das soluções para melhorar o trânsito na cidade.

Para Renato Haddad, presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Araraquara), a atual situação do transporte público, que enfrenta inúmeros problemas, dificulta o uso dos ônibus.

"Se o transporte fosse mais ágil, talvez [as pessoas usariam o transporte público com mais frequência], mas atualmente é muito difícil", afirmou Haddad.

A experiência de eliminar vagas no centro de Franca gerou um imbróglio entre a prefeitura e os comerciantes.

Hoje, na área central existem 749 vagas rotativas de zona azul. Uma ação movida na Justiça pela Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) pede o retorno de 329 vagas suprimidas no ano passado pela prefeitura.

A entidade informou à Folha que 70% dos comerciantes tiveram prejuízos com a mudança promovida pelo governo do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB).

Devido à disputa judicial, a associação informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestaria mais a respeito do caso.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página