Folha de S.Paulo

De novo, Dárcy diz que vai investir em subprefeituras

ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita reeleita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), retomou os trabalhos pós-eleição com um discurso de mudanças para os próximos quatro anos, mas uma das promessas, a de reestruturação das administrações regionais, não é nova.

Criadas há quase quatro décadas para funcionar como espécies de subprefeituras, as regionais estão há anos esvaziadas e com funções bastante limitadas, como a Folha publicou em novembro de 2010.

Naquela época, a prefeitura já reconhecia que as subprefeituras cumprem um papel "estratégico" no governo e afirmava ter estudos para ampliar a sua ação.

No entanto, a situação de limitação das funções das regionais permanece a mesma desde então.

O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, afirmou à Folha, em 2010, que Dárcy pretendia reestruturar as unidades de administração regional já existentes -nos bairros Vila Tibério e Campos Elíseos e no distrito de Bonfim Paulista- e, talvez, até criar novas.

Anteontem, na primeira entrevista coletiva que concedeu na prefeitura após o período eleitoral, Dárcy voltou a falar em descentralizar os trabalhos do governo.

Questionado sobre como a administração colocará em prática as mudanças na gestão das regionais, o secretário de Governo, Jamil Albuquerque, disse que "a descentralização está na essência da atual gestão".

Ele afirmou que, em princípio, o projeto para as administrações regionais consiste em "estruturar melhor" as subprefeituras já existentes, mas não informou detalhes sobre custos previstos, prazos ou funcionamento das unidades reformuladas.

As administrações regionais nasceram em Ribeirão no início dos anos 1970, durante mandato do ex-prefeito e atual deputado estadual Welson Gasparini (PSDB).

NOVA PASTA

Quanto às novas secretarias municipais, Albuquerque disse que, por enquanto, está prevista apenas a criação da pasta de Trabalho e Emprego (ou nome similar de que o secretário não se lembrava).

A nova secretaria foi uma sugestão do PC do B, partido que era oposição à administração de Dárcy Vera até pouco tempo antes da eleição, mas que decidiu apoiar a sua candidatura à reeleição.

Ainda não há nomes oficializados para a ocupação da pasta. O governo tem dito que apenas quatro partidos terão espaço no próximo mandato -o PC do B não está entre eles.