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Ribeirão

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Doações ocultas são maioria entre candidatos

Recursos recebidos via partidos chegam a 63% em São Carlos e 86% em Araraquara

LEANDRO MARTINS DE RIBEIRÃO PRETO

Doações ocultas são a maioria entre os recursos obtidos pelos candidatos a prefeito nas quatro maiores cidades da região para financiamento das campanhas, segundo o balanço divulgado pela Justiça Eleitoral.

Em São Carlos, do total arrecadado pelos candidatos a prefeito, 63,4% vieram de fontes ocultas. Em Araraquara, o percentual é maior - 86,8%.

Em Ribeirão e Franca, como a disputa foi ao segundo turno, a prestação de contas dos candidatos a prefeito ainda é parcial.

Doações ocultas são valores repassados aos candidatos pelas direções dos partidos, o que impede a identificação dos doadores. A prática, legal, é usada por empresas e pessoas que não querem ter seu nome diretamente ligado às campanhas.

Em São Carlos, a campanha mais cara foi a do prefeito Oswaldo Barba (PT), que não obteve a reeleição -Barba gastou R$ 1,34 milhão. De R$ 1,3 milhão que arrecadou, 78,3% foi de forma oculta.

Por meio de nota, o deputado federal Newton Lima, presidente do PT em São Carlos, disse que "é natural" que a campanha de Barba tenha sido a mais cara, em razão das despesas com gravações de rádio e TV. A coligação do prefeito foi a que teve o maior tempo de propaganda.

Sobre o fato de a maioria absoluta das doações ter vindo da direção do partido, Lima, que foi coordenador da campanha de Barba, disse que a arrecadação local não é suficiente e, por isso, é complementada pelas instâncias superiores da sigla "em perfeita concordância e conforme previsto pela legislação".

Já em Araraquara, a maior despesa foi registrada pela vereadora Márcia Lia (PT), com R$ 2,35 milhões, à frente do prefeito reeleito Marcelo Barbieri (PMDB), que gastou R$ 2,01 milhões.

Lia recebeu por meio da direção do partido praticamente tudo o que arrecadou para gastar na campanha.

O presidente do PT de Araraquara, André Agatte, disse que o partido fez uma campanha "100% declarada" à Justiça Eleitoral. Sobre o volume de recursos destinados pela direção do partido, ele disse que a campanha de Lia era uma das prioritárias do PT no interior de São Paulo.


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