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Ribeirão

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Falta de regras opõe mães a skatistas no Maurilio Biagi

Criança pequena disputa rua com praticante de esporte radical em velocidade

Maior parque da cidade, que recebe 16 mil visitantes por mês, não tem regulamento para skatistas e patinadores

DANIELA SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Sem regras específicas para skatistas e patinadores, o Maurilio Biagi -maior parque de Ribeirão Preto, por onde passam 16 mil pessoas ao mês- tem servido de palco de conflito entre os praticantes desses esportes chamados de radicais e as mães que levam seus filhos ao local.

O problema ocorre principalmente nas ruas próximas ao playground do parque, onde crianças pequenas disputam espaço com skatistas e patinadores que andam por lá em alta velocidade.

As mães temem que seus filhos sejam atropelados e reclamam de falta de fiscalização por parte da GCM (Guarda Civil Municipal).

Apesar de o Maurilio Biagi ter uma rampa para os skatistas, eles circulam por todo o parque, inclusive nos locais reservados só para pedestres e ciclistas. Usam até um chafariz desativado.

A Folha esteve no parque por três dias nas últimas duas semanas e flagrou skatistas e patinadores fazendo manobras em velocidade ao lado de crianças -de 2 a 8 anos. Até os bancos de descanso foram usados como "rampas".

Diante da reportagem, os guardas não fizeram nenhuma advertência nesses dias. Consultada depois, a GCM reconheceu o problema, mas garantiu que fiscaliza.

A dona de casa Giovana Carla de Almeida, 36, tem uma filha de um ano e ela própria quase foi atropelada por quatro skatistas.

Pai de dois meninos, de 2 e 6 anos, o pintor Jonathan Britto de Lima, 25, diz que os skatistas não deveriam andar perto do playground por um motivo: "Você sabe como são as crianças, elas saem correndo sem a gente perceber".

A promotora de vendas Juliana Rosendo, 27, reclama que a fiscalização ocorre só com os ciclistas. "Outro dia uma moça estava fora da ciclofaixa e o guarda pediu para ela voltar. Não vejo isso acontecer com os skatistas."

O vendedor Gilmar Aparecido Jacob, 30, diz que o parque é para diversão. "Mas periga a gente sair no resgate."

'NÃO TEMOS ESPAÇO'

Os skatistas, por sua vez, dizem que gostam de praticar o "street" (skate de rua) e, por isso, saem da rampa destinada a eles no parque. "Eu acho que se fosse errado, o guarda falaria para pararmos, mas eles não falam, então é certo", afirmou um estudante de 15 anos no domingo passado.

O técnico de segurança eletrônica Diego Carvalho, 23, disse que muitos skatistas aprendizes precisam de locais planos. Por isso, vão para as ruas do parque. "E os guardas liberaram a nossa entrada aqui", afirmou.


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