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Ribeirão

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Falta de ônibus prejudica estudantes da zona rural

Alunos perdem provas e aulas com quebra de veículos e chuvas fortes

Prefeitura de Ribeirão diz que vai marcar reunião com empresa sobre problema em Bonfim Paulista

DANIELA SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Falhas no transporte bancado pela Prefeitura de Ribeirão Preto têm prejudicado o desempenho escolar de crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais da cidade.

O problema, que ocorre principalmente em dias chuvosos e quando os micro-ônibus quebram -o que, segundo os pais, acontece com frequência-, atinge pelo menos 22 alunos que estudam de manhã e à tarde em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão. Ao todo, 120 são transportados.

Há casos de estudantes que perdem aulas, provas e até ficam de recuperação nas escolas estaduais Francisco da Cunha Junqueira e Professora Cordélia Ribeiro Ragozo.

Procurada, a prefeitura disse que vai marcar uma reunião hoje sobre o problema.

Segundo pais ouvidos pela Folha, os veículos, alguns com pneus lisos demais, quebram pelo menos três vezes por mês -o que significa a perda de 30 dias de aulas.

Por viverem em áreas rurais, esses estudantes dependem dos veículos. Só a distância entre suas casas e as porteiras das fazendas chega a 5 km e por estrada de terra.

Em dias chuvosos a situação se agrava, pois os ônibus não conseguem chegar sequer até as porteiras devido às más condições das vias.

O lavrador Fabiano Rodriguez dos Santos, 37, é pai de cinco crianças que estudam no período da manhã.

Com chuva, eles têm de acordar mais cedo, o que gera atrasos e, consequentemente, perdas das aulas. "Quando perdemos o ônibus, muitas vezes, não dá para levá-los à escola [por causa do trabalho nas fazendas]."

Com a chuva que atingiu a cidade na semana retrasada, uma das filhas de Santos, que está na 6ª série, perdeu a prova de ciências. Outros 11 alunos também não conseguiram chegar à sala de aula.

SEM REFORÇO

Larissa Aparecida Rodrigues dos Santos, 14, ficou ainda sem uma prova de matemática no início do mês. Ela disse que já está com 22 faltas por causa do problema. "A gente deixa de aprender."

Segundo ela, a perda de provas e as faltas deixam alguns colegas da zona rural de Bonfim de recuperação. Aí se dá outro problema, pois os ônibus pagos pela prefeitura não atuam aos fins de semana, quando ocorrem o reforço nas escolas.


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